Capítulo 26

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 A fumaça tomou os céus e as cinzas o chão havia muitos restos de corpos e até mesmo ossos queimados, não haveria como saber quantos já que a maioria se juntou ao nada restando apenas pedaços de dedos, pernas, braços e cabeças, podia até encontrar restos de dentes espelhadas em meio às cinzas mas nenhum corpo inteiro para que alguém fosse identificado ou enterrado, apenas ligaram todas as mortes aos homens que eram dados aos montes como desaparecidos por familiares, a delegacia estava cheia de registros novos, pessoas que nunca seriam encontradas ou enterradas apenas teriam um final lamentável junto a cinzas e alguns restos de metais e madeiras das construções que caíram sendo apagadas pelo fogo. Os jornais anunciavam mortes es mais mortes naquela manhã enquanto um certo olhar incrédulo passava por sua face, ele ainda tinha um presente para abrir algo que havia recebido logo cedo trazido por um de seus homens, Xichen estava na empresa contando os prejuízos com a perda de vários acionistas majoritários e alguns apoiadores, ele tinha escapado para o antigo escritório de seu pai ainda tentando entender o que havia acontecido enquanto dormia tranquilamente.

Quando seus dedos se moveram para desfazer o laço do presente que havia recebido um pequeno baú, um certo tremor percorreu sua espinha a televisão atrás de si ainda noticiando a enorme "tragédia" da noite anterior, Meng Yao retirou a tampa delicadamente vendo apenas cinzas e em meios a elas restos de corpo humano tostados nas pontas, uma certa ânsia subindo por seu estômago enquanto jogava o baú ao chão e colocava seu café da manhã para fora, um certo horror cobrindo sua face quando terminou, os pedaços mortos ainda caídos no chão de sua sala agora que estavam espalhados ele pode vê até mesmo um olho.

— Recolham isso daqui — gritou a um de seus homens que estava ali — Levem para o mais longe possível e descubra quem mandou isso.

Os homens apenas assentiram enquanto ele se retirava para o longo corredor em busca de algum lugar longe daquela imagem, seu estômago ainda rodava e ele sentia que poderia colocar até suas tripas para fora, ainda havia uma maldita mensagem para ler e definitivamente ele não queria saber o conteúdo dela. Meng Yao seguiu para sala adjacente com alguns sofás e um armário de bebidas retirando a carta de seu bolso para que pudesse ler o conteúdo, rasgou o envelope segurando agora em suas mãos o papel cor de creme.

" Espero que tenha gostado do presente, eu fiz questão de escolhê-lo a dedo para você, sinceramente desejo que guarde isso com grande carinho e também não esqueça com quem está lidando. Não subestime as coisas que irei fazer, Meng Yao.

J.C"

Ele amassou ao papel em suas mãos os nós de seus dedos se tornando brancos pela força que ele faz, as veias em sua cabeça e pescoço começam a saltar uma certa dose de ódio crescendo em seu interior, ele levanta e quebra tudo que está ao alcance de seus olhos o som de vidros ecoando pelo corredor vazio, ele vira a pequena mesa de centro um claro sinal de descontrole.

— Maldito seja, Jiang Cheng! — ele grita em alto bom som — Eu farei voce pagar pelo restos de seus dias, eu arrastarei de volta ao inferno, reduzerei voce ao nada! Eu juro a você!

Ele não se deixaria ser subestimado assim tão fácil.

[....]

O som de risadas saem altas pelo enorme quintal, Cheng apenas brinca com Jingyi como se nunca tivesse realizado uma verdadeira carnificina, eles voltaram ao amanhecer para preparar a encomenda de Meng Yao e mandá-la o mais rápido possível, Jingyi o esperava na sala com um sorriso no rosto que aumentou vendo o bolo que pai havia trazido consigo junto a bola de futebol azul que usavam para brincar agora, Wei havia se juntando a eles assim que levantou se divertindo junto ao pequeno sobrinho que tinha um enorme sorriso em seu rosto.

— Pai — Jingyi agora estava sendo carregado nos ombros de Cheng — Você ainda gosta do papai Xichen?

Aquela pergunta havia saído em tom baixo, como se o pequeno temesse a resposta que o mais velho poderia dar.

— Você gostaria que eu e seu pai ficássemos juntos? — Cheng pergunta antes de descer o menor de seus ombros para olhar em seus olhos.

— Eu não gosto de Meng Yao, ele não faz o papai Xichen feliz — o menor tem um feição tristonha — Ele é mal, não gosta de mim.

— Ele fez algo para você? — suas mãos estão sobre os ombros de Jingyi — Pode me contar tudo que quiser.

Jingyi se encolhe antes de abraçar Cheng, Wei encara o irmão notando que aquele é um ato de medo como se o pequeno estivesse tentando se proteger e o mais velho fosse o único lugar seguro.

— Ele bateu algumas vezes e me deixou de castigo sem comer por um dia — ele murmura seu rosto escondido no ombro de seu pai — Eu não contei para o papai Xichen estava com medo de que ele fizesse algo ruim com ele, quando ficavamos sozinhos ele me dizia coisas ruins falava que papai não me amava e iria me deixar em um orfanato.

Cheng pressiona sua mandíbula e seus olhos se fecham enquanto ele luta para manter a calma, ele aumenta a força do abraço querendo passar certa segurança para seu filho e Wei sente que naquele momento o mais velho poderia matar qualquer um.

— Ele dava remédios ao papai, ele sempre ficava com a memória ruim quando tomava e com muito sono, nesses dias ele me trancava em meu quarto e eu ligava para o tio Ji — Jingyi se afasta — Quando o tio Ji chegava ele escondia os remedios em uma caixa e abria a porta do quarto.

Muitas coisas passaram pela cabeça de ambos irmãos e talvez Meng Yao estivesse fazendo algo bem pior do que eles imaginavam para manter Xichen ao seu lado. Mas ele não deveria se estender naquele assunto com Jingyi, apenas acalmá-lo e garantir que tudo ficaria bem porque ele estava ali agora.

— Está tudo bem — acariciou os fios do cabelo de Jingyi — Eu estou aqui não deixarei que nada aconteça a você e nem ao papai Xichen.

O menor sorriu radiante antes de se levantar e correr até a casa depois de Cheng sugerir que eles comessem o bolo que ele trouxe, quando o menor não está mais sob suas vistas ele se vira para Wei.

— Está na hora de você aceitar o convite que Lan Wangji lhe fez — diz sério — Não quero envolver ele nisso, mas preciso saber o que mais Meng Yao andou fazendo para manter Xichen preso a si.

— Está tudo bem, irei encontrá-lo hoje a noite mesmo — suspira — Mas deveria mandar Xue fazer uma visita de cortesia às escondidas na mansão Lan, talvez ele encontre algo.

— Certamente — sua cabeça parece que vai explodir — Eu preciso encontrar Xichen, o chamarei para um jantar e tentarei arrancar algo dele.

— Além de informações as roupas também, não é? — Wei brinca para acalmar os ânimos recebendo um olhar furioso em troca.

— Não vou me limitar a respondê-lo — segue em direção a casa ouvindo as risadas de Wei — Eu juro que darei o pior fim possível a Meng Yao.

— Eu sei que vai — é tudo que Wei diz.

Você Vai Se Arrepender De Ter Me Conhecido - Xicheng. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora