A que nível pode chegar a maldade humana? Um assassino não tem direito de fazer essa pergunta e muito menos esperar por uma resposta, mas nada é completamente justo então soa válido que alguém cruel e frio simplesmente sente e se questione sobre isso, é muito comum ouvir que os fins não justificam o meios porém você ainda consegue encontrar pessoas que encontram uma maneira de justificar um erro imperdoável, por mais que cada ação tenha uma reação um inocente nunca levaria um tiro na cabeça ou teria uma arma apontada para si apenas em casos a partes como um assalto por exemplo, fora isso um homem que é considerado inocente nunca teria sua morte encomendada de uma forma cruel, talvez isso soe como uma justificativa mas para alguns isso é apenas um pensamento lógico. Meng Yao havia cruzado uma extensa linha, uma linha tão perigosa que seu assassinato era algo inevitavél, as palavras de Qi Ren ainda queimavam em sua cabeça fazendo seu sangue ferver, como alguém podia ser tão louco e doentio? Era um nivél completamente acima do que ele esperava, Cheng não era um santo havia deixado tantos corpos durante aqueles meses mas jamais cruzaria um limite tão nojento como aquele, por mais que fosse um assassino ele tinha sua ética mas agora nem a maldita ética que havia criado importava, ele apenas queria ver Meng Yao e tortura-lo até que todos os ossos de seu corpo estivessem quebrados ao ponto dele precisar se arrastar.
Quando seu carro parou em frente a sua mansão e a tela de seu celular brilhou em seu bolso no caminho para porta, ele soube que Lan Qi Ren havia encontrado seu destino final e logo mais ele seria apenas uma cova aberta no cemitério da cidade com pessoas falsas e hipócritas chorando pela sua morte, e ele estaria lá para apreciar o belo circo que seria. Cheng se surpreendeu ao abrir a porta e ter sua perna agarrada por seu pequeno Jingyi, a raiva em sua face sumiu e ele se permitiu sorrir pegando seu filho em seus braços para abraçá-lo e beijar carinhosamente sua face, esquecendo completamente tudo que tinha feito a horas atrás.
— O que faz aqui, querido? Ainda faltam alguns dias para buscá-lo — perguntou enquanto sentava em um dos sofás ainda segurando Jingyi.
— Papai Xichen me trouxe para vê-lo mas como você não estava o irmão Huaisang nos recebeu.
Cheng naquele momento pode ouvir a voz de Xichen que voltava da cozinha acompanhada de Huaisang, ambos conversavam animadamente sobre algo mas assim que o mais velho o viu sua concentração se focou completamente nele, Jingyi correu de seus braços assim que Huaisang o chamou para ajudá-lo com jantar os deixando sozinho para conversarem.
— Seria inconveniente perguntar onde você esteve? — Xichen se aproxima.
— Na verdade não, eu apenas saí para resolver uns problemas nada muito importante — deu de ombros — O que lhe traz aqui?
— Jingyi estava ansioso para vê-lo, ele não queria esperar até domingo — se senta de frente para o outro — Eu soube de algo realmente triste hoje na verdade faz pouco minutos mas prefiro falar sobre isso depois do jantar.
— Como quiser — Cheng se levanta e segue em direção a cozinha.
Ele pode sentir o olhar de Xichen queimando sobre sua costas e isso durou durante todo o jantar, mesmo que ele estivesse apenas ignorando o mais velho e se concentrando em Jingyi que contava animado sobre seu dia na escola, Huaisang permanecia longe de tudo conversando baixinho com XingChen, o menor gostava da companhia serena do mais velho, Cheng tinha leve curiosidade em saber como Xue Yang teve tanta sorte de encontrar alguém como ele. Quando o jantar seguiu ao fim, XingChen e Huaisang subiram junto de Jingyi para assistir algum filme, Cheng seguiu direto para seu escritório com Xichen em seu encalço.
— Acho que agora podemos conversar — Xichen disse encarando Cheng.
— Apenas diga de uma vez — retirou seu blazer — Estou realmente curioso sobre o que se trata essa triste notícia.
— Você sabe muito bem o que é, mas que prefere jogar dessa forma vou apenas seguir o fluxo — sorri — Há algumas horas recebi uma ligação afirmando que o carro do meu tio havia explodido em frente ao prédio da empresa e ele estava dentro do carro, nesse momento meu tio está morto, Cheng.
— É realmente uma pena, meus pêsames — se curva levemente — Mas o que eu tenho haver com isso?
Xichen empurra Cheng em direção a parede seu corpo o cercando impedindo que ele saia, ele observa os olhos violetas que parecem serenos, como sempre ele estava inabalável.
— Aquela pergunta que me fez, eu não lhe dei uma resposta objetiva sobre isso — aproxima sua face da do outro — Eu realmente não me importaria, meu tio nunca foi alguém realmente bom com meu irmão e com Jingyi, nós tinhamos uma relação familiar bem abalada por causa disso, eu posso soar alguém realmente ruim quando falo isso mas eu estava verdadeiramente cansado.
— Como se eu realmente fosse julgá-lo por isso — Cheng consegue perceber o olhar do outro sobre seus lábios — Mas algo me diz que esse não é único motivo para vir até aqui hoje, afinal você sabia o destino que seu levaria e essa não poderia ser uma notícia surpreendente.
O mais velho sorri roçando seus lábios levemente antes de afastar morde seu lábio inferior, um gemido pequeno escapando de sua boca.
— Na verdade eu não consigo estar triste com o que aconteceu, no final foi apenas uma desculpa para vir aqui e vê-lo — diz antes de encurtar a distância entre seus lábios novamente.
Cheng corresponde seu beijo na mesma intensidade, seu braços envolve os ombros do maior e suas mãos sobem para os fios escuros e macios do cabelo de Xichen, as mãos do mais velho deslizam pelo seu corpo arrancando leve arfares de seus lábios.
— Eu definitivamente preciso sentir seu corpo hoje a noite, estou cansado de tudo isso — Xichen falando deslizando sua boca em direção ao pescoço de Cheng.
Cheng ri suavemente puxando seus cabelos trazendo seu rosto para próximo do seu novamente.
— Eu estou bem aqui, Xichen, apenas me faça seu novamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Você Vai Se Arrepender De Ter Me Conhecido - Xicheng. (EM REVISÃO)
FanfictionDedicado(a) : @Blue_Sea91 Ódio não era algo que rondava sua mente não no início quando ainda acreditava que amar era suficiente, não acreditava que alguém poderia ser tão estúpido e cruel ao ponto de lhe arrancar tudo apenas por um desejo ambicioso...