Capítulo 6

918 167 14
                                    

Decepcionante, Wei questionávelmente achava aquilo decepcionante, poderia soar mais pacífico quando a maioria deles ali sorriam e se mostravam suaves e serenos como uma garoa ou quando apreciavam o som breve da calmaria, antes de sentarem e apreciarem os corpos seguirem para o abatedouro em um fila praticamente interminável, enquanto zanzava de maneira segura em meio todas aquelas pessoas que familiarmente conhecia, ganhava um excesso de adrenalina gostaria muito de ver algo realmente excitante naquele momento nada voltado ao sexo estava mais para selvageria.

Mas tinha um propósito ali que escorregava por entre seus dedos e reluzia contra o sol, a pequena faca deslizava por seus dedos como uma canção elaborada para soar cruel e quando o seu objetivo final passou diante de seus olhos, sorriu pressentindo o medo que corria pelo suor na face do mais velho que não imaginava a sombra relutante que o seguia. Wei era bom no que fazia e Cheng sabia disso, Cheng tinha muitas cartas para assinar e aplicar uma sentença e Wei faria metade delas serem entregues, estava em sua veia ser um assassino.

— E então? — o homem ainda jovem perguntou ao capangas — Algo de errado?

— Não senhor, não há nada por enquanto — murmuraram.

— Certo — olhou ao seu redor — Não deixe que nada saia do controle.

O homem adentrou o prédio velho e gasto pelo tempo enquanto Wei passava discretamente pelos capangas armados, encarando a entrada sorrateiramente não deixando um sorriso breve sobre seus lábios, antes de deslizar em direção a porta dos fundos que para uma sorte incontável não tinha ninguém, forçou a fechadura o som alto ecoou o fazendo esperar por breves dois minutos antes que entrasse e passasse pelo corredor escuro. Colocou as luvas pretas e a máscara para cobrir sua boca ajeitou os fios de seu cabelo e gravata de seu terno queria estar apresentável nem um pouco rude, caminhou por entre o corredor vazio em direção a última porta aberta a risada alta soou pelo lugar assim como a breve conversa de alguns homens abaixo de si perto das escadas, que não possuíam a noção de que alguém estava ali, abriu a porta a fechando suavemente o homem que havia acabado de se virar deixou seu celular cair no chão em um baque mudo.

— Senhor Jin GuangShan — Wei perguntou segurando a carta em suas mãos a abrindo logo em seguida — Senhor quero por meio desta carta lhe informa que a oito anos atrás, você facilitou para que o seguinte interessado de nome Meng Yao saisse do hospital sem nenhum tipo de punição após tentar assassinar Jiang Wanyi e levar seu filho recém nascido, gostaria de informá-lo que devido aos atos citados acima o senhor terá sua dívida quitada com a forma de pagamento vigente abaixo, sua morte.

Assim que terminou de ler a carta Wei a guardou puxando a pistola com o silenciador em seu bolso, antes que pudesse abrir a boca para gritar Wei atirou em seu peito e repetiu os disparos até que o mesmo já se encontrasse sem vida e da mesma forma que entrou o mais novo saiu sem ser visto, caminhando em direção a rua deslizando a faca sobre sua mão enquanto os gritos atrás de si se tornavam mais alto. Era um bom dia para morrer.

[....]

Xichen suspirou cansado pelo impasse que se formava naquela pequena discussão que ao se ver não havia a necessidade em tornar aquilo algo realmente grande, ainda assim Meng Yao permanecia impassível quanto a decisão de deixar Jingyi ver e se aproximar de Cheng.

— Querido — Xichen respirou — Ele tem todo esse direito, ele é o pai dele.

— Ainda assim, Cheng simplesmente retornou e você nem sabe como isso é possível — bateu seu punho com força na mesa — Eu acho absurdo que deixe ele a sós com Jingyi.

— Eu não posso privá-lo disso e sabemos muito bem que Cheng pode pedir a qualquer momento para vê-lo — se levantou — Não há nada que possamos fazer a respeito disso.

— Porque não coloca de vez aquele homem na nossa vida, dentro de nossa casa? — gritou se colocando de pé — Eu não vou permitir que Jiang Cheng leve tudo que eu demorei tanto para conquistar porque você está agindo como um tolo.

— Você está criando problema onde não há — gritou — O que quer que eu faça? O proíba de ver o próprio filho?

— Porque está dando a razão a ele? Ele morreu ou foi isso que nós acreditamos, mas pelo visto ele apenas sumiu e o deixou — encarou Xichen duramente — Ainda assim você o perdoaria, não é mesmo?

O mais novo se retirou deixando Xichen para trás, que passou as mãos por seu rosto imaginando a enorme dor de cabeça que aquilo se tornaria, mas não poderia culpar Meng Yao ele tinha uma pequena razão. O mais novo fechou com força a porta de seu quarto praguejando baixo não podia permitir que o maldito bastardo se aproximasse de Cheng, seus planos iriam por água baixo caso isso acontecesse não perderia Xichen tão facilmente o excesso de confiança que havia visto em Cheng, seria arrancando a força se fosse preciso o veria rastejar o implorar como já tinha presenciado uma vez o faria se arrepender de ter voltado e se colocado em seu caminho novamente, suspirou profundamente pensando no que faria quando o celular em seu bolso vibrou, o pegou para que pudesse atende-lo.

— O que houve? Estou ocupado — disse de maneira impaciente.

— Senhor, o seu pai acaba de ser encontrado morto em seu escritório no subúrbio.

Karma, era inevitável assim como o sangue que uma vez já foi derramado, ele podia ver o vislumbre do sorriso de Jiang Cheng naquele momento, rindo de sua expressão enquanto o sangue de seu pai escorria em direção ao chão, alguém precisava pagar a conta que tinha sobre suas costas, alguém precisava ser o começo do torturoso e cruel castigo que o aguardava e ainda assim ele derramaria o sangue de quem fosse preciso para se manter ali. Seria um longo novo começo e ele não seria o último a morrer.

"— Hoje a noite estou me tornando seu karma, Meng Yao."

O gosto de sangue não deixaria seus lábios por um bom tempo.

Você Vai Se Arrepender De Ter Me Conhecido - Xicheng. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora