OBRA NÃO AUTORIZADA PARA OUTRAS PLATAFORMAS.
Treinada desde pequena pra ser assassina, mas com sonhos totalmente diferentes do que seu progenitor queria.
Pra ser a médica que sempre sonhou, Valentina teve que aceitar as condições que foram impostas...
Não sei quanto tempo eu estou presa aqui, mas a cada minuto que passa faço meus próprios planos de fuga e de assassinato.
Meu desejo incontrolável de matar todos dentro dessa merda de casa é enorme, de arrancar suas cabeças fora do corpo e estripar suas entranhas.....chego a sentir o gosto do sangue correndo na minha boca.
Todos aqui são tão incompetentes que nem se importam direito em me vigiar. Depois que deixaram minhas pernas e pescoço soltos, apenas com minha mãos presas em algemas passaram a esquecer de mim, acho que no pensamento de que eu estaria fragilizada.
A dor que eu sinto não é no corpo, e sim na alma e no coração. Tiraram de mim a chance de carregar meu bebê nos braços, de ver seus lindos olinhos e seu sorriso banguela, a chegada dos primeiros dentinhos, das primeiras palavras, os primeiros passos. Nada disso eu vou poder ter ou presenciar, porque ele se quer teve a chance de nascer.
Minhas lágrimas descem molhando a fronha do travesseiro onde recosto minha cabeça. Deixo elas caírem pois só assim consigo tentar voltar a respirar direito. .....................................
Sinto uma pequena brisa fresca e calma atingir meu rosto, como se uma mão me fizesse carinho e me trouxesse paz. Olho para os lados e não tem ninguém. A janela está aberta, mas com o vidro blindado trancado então não tem como nenhum vento ter entrado. Me pego sorrindo pq sei de onde isso veio. Dizem que mães precentem seus filhos quando estão por perto...... pois é.... pode parecer besteira mas eu sinto meu pequeno anjinho aqui comigo mesmo que seja em espírito.
Desde criança eu fui treinada pra escapar de cordas, correntes e todos os tipos de amarrações, entre outras coisas que só quem nasceu dentro do Bratva sabe. Nesse momento agradeço ao meu pai por ter mandado me treinar direito pois estou prestes a sair daqui.
Observei o lugar, tentei ouvir se havia passos vindo na direção desse quarto e nada.... perfeito....não quero ser surpreendida no meio do processo.
Desloquei meu dedão da mão direita primeiro e puxei usando um pouco de força até soltar minha mão da algema, assim que consegui fiz a mesma coisa com a esquerda, colocando os dedos no lugar de volta. O processo é dolorido, mas não chega nem perto da dor que passei anteriormente.
Algumas horas antes de eu me soltar ouvi um papo vindo de trás da porta. Parecia ser alguns seguranças conversando, e o que eu ouvi fez meu sangue ferver e se tornou o maior motivo pra mim sai daqui e acabar com tudo e todos.
Flashback on...
Xxx. Ei cara sabe a tal suzana, a vadia do chefe!
Kk. O que tem ela?
Xxx. Parece que ela andou chupando aquele médico em troca do medicamento pra acabar com a mafiosa do Caccini que está aqui.
Kk. Será que ela me chuparia também? Iria adorar uma boquinha de veludo daquela no meu pau!
Xxx. Só você!!! Kkkkk É melhor encerrar o papo por aqui antes q o chefe pegue a gente falando da puta dele.
Flashback off.....
Aquela infeliz tem o dedo enfiado até o rabo nisso tudo, e vai pagar caro pelo que me fez. .................................................
Momento atual....
Ando pelo quarto procurando algo que me possa ser útil numa luta, algo cortante e de preferência bem afiado.
Vou até a porta e coloco o ouvido escorado nela, mas não ouço nada, tento girar a maçaneta, mas a maldita está trancada.... novidade.... É claro que estaria.
Fui até outra porta q havia no quarto e consegui abrir dando de cara com um banheiro até que ageitadinho.
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A janela do cujo também era trancada e pelo visto blindada tbm.... pelo visto blindaram a casa toda... kkkk Depois eu q sou a maluca.
Esses bocos se preocuparam mais com portas e janelas que esqueceram os espelhos... bando de idiotas.
Voltei ao quarto arranquei as fronhas dos travesseiros e enrolei numa das mãos, indo de volta ao banheiro e socando o espelho, quebrando e retirando o pedaço mais ponteagudo e grande que eu pudesse me defender.
Agora era esperar alguém aparecer. E a primeira pessoa que passar por aquela porta vou rasgar em tiras. ......................
Algum tempo depois.....
Os passos estavam cada vez mais perto, dava pra ouvir o tasc tasc do salto batendo no chão. Num instante o barulho parou e a maçaneta da porta mexeu, me fazendo notar que estava sendo destrancada.
Corri em direção a ela me escondendo atrás da mesma. Para quem entrasse não teria como ver se alguém estaria na cama por causa de uma pequena parede que serve de separação no meio do quarto.
A porta se abriu e sem notar minha presença a criatura passou por ela. Não era mais nem menos que a vagabunda da suzana com uma faca na mão cortando uma maçã.
Ôh mulher idiota..
_ valentina... valentina! Está tão quietinha hoje...não quis dar seu showzinho??
_ NÃO vagabunda por que o show hj é teu! ......................
Não houve nem tempo dela responder pois cravei o pedaço de vidro na sua garganta rasgando e fazendo jorrar sangue por todos os lados.
Na intenção de estancar o sangramento ela solta a maçã e a faca no chão e põe as mãos no pescoço, mas como jurei à alma do meu filho que faria esses desgraçados pagar pela sua morte não deixei ela concluí o seu salvamento.
Juntei a faca do chão cravando em sua barriga e atravessanso de baixo pra cima fazendo suas tripas sairem pra fora me sujando inteira com seu sangue podre, aproveitei e furei seus dois olhos e arranquei sua língua.
Peguei as chaves da porta que estavam nos bolsos da roupa da quenga e testei uma a uma na fechadura da janela, conseguindo abrir a cuja na quarta tentativa.
Peguei o corpo já sem vida e estribuchado de suzana e arrastei até a sacada jogandô-o lá de cima, e gritando pra quem quisesse ouvir.
_AQUI JÁS O PRIMEIRO CADÁVER E OS PRÓXIMOS SERÃO OS DE VOCÊS , QUEM SE ABILITA A VIR CONHECER A MORTE?!. (falei direcionada aos capangas que estavam de vigia lá em baixo).
Em pouco tempo o tiroteio comeu solto, me fazendo voltar pra dentro do quarto para me proteger das balas.
Agora preciso achar uma maneira de sair desse inferno, e se caso eu vier a morrer ,vou carregar comigo nem que seja alguns deles juntos.
