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Lucien

O macho encontrou com Azriel na porta de seu apartamento, junto com a nova vizinha, que se apresentou como Gwyneth. Ela era linda, e pelo que o ruivo notou, Azriel também achava, o encantador das sombras a olhava quase babando.

E Lucien gostou de usá-la para provocá-lo. Ele havia tomado para si sua parceria, não que Elain o quisesse. Mas de qualquer forma, toda e qualquer aproximação que o ruivo tentava, o encantador das sombras estava lá,  próximo, o tempo inteiro.

Lucien não tinha chances, ninguém do círculo íntimo e nem mesmo Elain o permitia mostrar seu outro lado, aquele lado que ao ouvir a voz de Elain pela primeira vez ficou estático. Aquele que se apaixonara por ela, desde o primeiro olhar.

Ele não tivera a chance de se redimir pelo seu erro, de tentar consertar as coisas com Elain e de ao menos construir uma relação de amizade.

Ele viu o que aconteceu com Feyre sob montanha, viu quando Rhysand a beijou a força, e o jeito que o macho a rondava, provocava. Viu tudo o que ele havia feito durante séculos, Rhys teve a oportunidade de ser perdoado. De ser aceito. Porque ele não? Todos o julgavam, o círculo íntimo o desprezava, mas ele foi tão vítima como qualquer um. Foi vítima de uma amizade tóxica, foi forçado a seguir alguém pela sua cega lealdade.

Todos o julgaram, quando Tamlin foi o único a quem ele teve durante anos. Todos quiseram que, quando Feyre fora presa ele a libertasse, mas o macho era leal demais. Tamlin havia o salvado, quando a família dele o abandonou. O seu caráter, seu instinto não o permitira trair Tamlin.

Rhys sacrificou 50 anos para proteger sua família. Lucien sacrificou uma amizade, por Tamlin, naquela época Tamlin valia a pena, era como sua família. E família ainda é família mesmo com erros.

Corte de laços e salvação. (Concluida)Onde histórias criam vida. Descubra agora