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Elain.

A fêmea havia apenas fechado os olhos, mas notou a claridade. Lucien havia brilhado, ele estava feliz. Uma sensação boa tomou conta de Elain. Aquela coisa que a deixava confusa e a fazia ter sonhos ruins, não estava lá.

Havia apenas aquela corda vermelha que os unia, amarrada a ela. Elain se seguraria ali quando temesse.

Ela havia tomado banho junto a ele, mas mais fez sexo do que lavou a si mesma, porém não se importava. Só de pensar nele, o corpo dela ardia.

Lucien, já havia ido embora. Ele ainda brilhava, como uma estrela. Elain, vez ou outra puxava o laço para ver se ele estava bem. Eles haviam criado códigos.

Onze puxões significavam "Você está bem?" Um puxão, significava “não”. Dois significava sim. Quatro puxões rápidos significavam que um dos dois corria perigo. Seis puxões, quando estava desesperados. Sete puxões era tão secreto que nenhum dos dois sabia, apenas usariam no momento certo

— Elain? — Cassian a chamou na cozinha, já estava de noite e Nyx dormia no colo de Feyre. — Por acaso tem algo haver com a lanterna ruiva? 

Elain, engasgou. Negou com a cabeça e saiu da cozinha ouvindo Feyre dar uma bronca no general. A fêmea entrava no seu quarto quando sentiu onze puxões, ela respondeu puxando duas vezes. Em seguida puxou onze vezes, foi respondida com dois.

A fêmea deitou na cama, parecia estar fria e vazia. Lucien e ela haviam escrito em um papel o que a quantidade de puxões queria dizer, pegando a tabela Elain, puxou dizendo que não conseguia dormir.

Lucien, puxou perguntando o porquê. Elain não respondeu, então ele puxou de novo. "Quer vim dormir aqui?" Foi o que o puxão queria dizer, Elain simplesmente puxou duas vezes.

A fêmea desceu para o jardim, e sentou-se no banco observando as flores. Elain preferia o dia, as cores das flores eram muito mais lindas. Lucien puxou o laço, e Elain respondeu com o código "estou no jardim". 

Alguns minutos se passaram, e logo o macho estava lá. O brilho estava fraco, mas ele ainda estava brilhando.

— Ainda não parou? — Elain perguntou, quando o macho ofereceu a mão. 

— Não. É estranho, tem mais de 3 horas que saí, e pareço um vagalume ruivo — Ele riu, e Elain gargalhou.

— Cassian chamou você de lanterna ruiva. Vocês se viram? — A fêmea perguntou, encolhendo-se com o vento frio que soprou.

- Sim, depois que saí daqui fui em uma livraria. Encontrei ele e Nestha comprando livros — O macho deu de ombros. Elain, ficou calada segurando o braço de Lucien como se a vida dela dependesse disso. Talvez dependesse.

— Sobre seu pai, e o seu ex-pai. Como se sente? — A fêmea está preocupada.

— Um pouco feliz por não ser filho de Beron — O brilho aumentou, e Elain arqueou uma sobrancelha para o macho — Está bem, muito feliz. Mas chateado com minha mãe, ela deveria ter me contado. Eu não me sentiria mal ao ser rejeitado por Beron.

— Parou para pensar que ela pode ter feito isso pelos seus irmãos? Pelo que Feyre disse, nenhum deles é alguém bom, mas e se ela quisesse apenas que eles não fossem ruins no nível de Beron. Que ele não os maltratasse, os machucassem. — A fêmea ponderou.

— Se eu fosse mãe, faria qualquer coisa para que meus filhos ficassem seguros. — Lucien assentiu. Elain, não conseguiu bloquear a imagem que surgiu em sua mente. Três pequenas meninas de orelhas pontudas, pele branca como de Elain e cabelos ruivos como o de Lucien. 

A fêmea viu as meninas em vestidos, com flores nos cabelos. Elas brilhavam, e sorriam abraçando Lucien.

— Elain, o que está vendo? — O macho a olhava atentamente, não tinha sido imaginação. Era uma visão. Lucien e Elain seriam pais, não só de uma garota, mas três.

— Nada, estava pensando em quais lugares poderia ter flores em sua casa. — Elain claramente mentiu. A fêmea estava assustada, ela queria uma família. Mas aquela coisa que havia adormecido dentro dela, pareceu acordar disposta a não deixá-la em paz. Lucien a levou para dentro.

— Seu lar, não parece um lar. Você nem deixa a cama bagunçada — Elain, olhou para todos os lados. Tudo era cinza e organizado. Organizando demais.

Lucien, envolveu os braços na cintura de Elain. A puxando para ele, a fêmea abriu espaço para que o macho tivesse livre acesso ao seu pescoço.

- Quero bagunçar a minha cama com uma certa fêmea. Que gostou muito de amarrar um macho, e quase levá-lo à loucura— O macho murmurou, contra a nuca da fêmea. Elain sentiu o desejo crescer dentro de si.

— Então vamos começar logo — Lucien riu e a beijou contra uma parede. Onde tirou seu vestido e a fez gemer enquanto ficava de joelhos na frente dela.

Corte de laços e salvação. (Concluida)Onde histórias criam vida. Descubra agora