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Lucien.

Elain chorava em seus braços. Pedindo que a mãe a ajudasse, e salvasse a todos. O macho tentava a todo custo entender o que estava acontecendo.

Havia ficado ali desde que Amarantha havia deixado o corpo de Elain. O macho viu sua fêmea desmaiar e a carregou antes mesmo que tocasse o chão.

Não houve Nestha, Feyre, Rhysand ou Amren que o impediram. Elain precisava dele. E mesmo que estivesse com a Amarantha dentro de si, ele não a deixaria só. 

Ouvir Elain o xingando e mandando que ele se afastasse havia sido doloroso. Ele sabia que era Amarantha, mas doeu. Agora pouco importava, queria que Elain parasse de chorar e dissesse o que estava acontecendo.

— Ele- ele vai morrer — a fêmea murmurou.

— Ele quem? Elain, quem vai morrer? — Grande angústia tomava conta do seu peito. Ele só queria vê-la acordada e feliz, regando seus jardins. 

— Tamlin, ele vai. Ele está morrendo — o coração de Lucien, estremeceu. Seu amigo. Tamlin fora seu único e melhor amigo. E mesmo depois de tudo que ele havia feito, Lucien o considerava um irmão.

— Quem está matando ele? — o macho questionou, sentindo seu coração se partir. Aquela ligação, aquela irmandade que tinha com Tamlin, sentia ir embora.

— Ele está se matando — a fêmea apertou Lucien, mas forte em seus braços. O macho sabia o que ela queria e por isso a deixou consolá-lo — Eu sinto muito.

O macho havia planejado levá-la na corte primaveril, Tamlin havia concordado que ele mostrasse os arredores para Elain.

O macho imaginava que Elain se apaixonaria pelo lugar e pelas flores lindas que haviam ali. Sabia o que Elain pensava de Tamlin. A fêmea não queria nem vê-lo. 

Mas Tamlin havia deixado claro a Lucien que sempre que quisesse voltar para casa poderia, e que poderia levar Elain. 

Feyre entrou no quarto, seguida por Rhys, Nestha e Cassian. Lucien, entregou Elain, para os braços de Nestha. 

— Me soltem. Eu vou ficar com o meu parceiro. — Elain soltou-se da irmã mais velha, indo para Lucien segurando seu braço.

— Elain, eu vou para a corte primaveril planejar o funeral de Tamlin. Você não gosta dele, eu prometo não vou demorar — o macho tentou fazer Elain mudar de ideia. Mas a fêmea bateu os pés, firmando o aperto em seu braço.

— Eu vou com você — Lucien abaixou o corpo a fim de encostar seu nariz no de Elain. O macho respirou fundo próximo aos lábios dela — Não queira me fazer ficar Lucien, não é por ele que vou. É por você.

— Elain, talvez deva deixar ele ir…

— Se vocês tentarem me impedir, vou atravessar e chegar lá. Com ou sem a permissão de vocês, Lucien é meu parceiro e já sofreu muito sozinho, eu vou com ele e está decidido — Choque tomou conta das expressões de Nestha e Feyre. Mas as duas assentiram.

— Quer que eu nos leve até lá? — Elain perguntou. Lucien não estava bem, ele ainda não acreditava, mas pensar que Tamlin estava se matando era como uma tortura. O macho assentiu.

As gêmeas semi espectro, se aproximaram trazendo consigo sacolas com mantimentos. Lucien sabia que teria que ficar na corte primaveril.

Ele havia sido o Emissário da corte primaveril, reformaria rapidamente a mansão e cuidaria da pouca população que havia lá. Até que o caldeirão escolhesse alguém para ser um grão senhor.

Corte de laços e salvação. (Concluida)Onde histórias criam vida. Descubra agora