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Gwyneteh.

A fêmea sorria, ela tinha pai. Não estava mais sozinha. Tinha um pai que a amava. Ela agora sabia que tinha uma família. Uma avó, um avô... Tios, que Lucien disse não serem bons, mas o importante é que ela os tinha

— Vai ser estranho te chamar de pai, digo no início — a fêmea comentou segurando o braço de Lucien, enquanto voltava para a casa dos grão senhores.

- Acredite, eu entendo. Mas acho que podemos nos acostumar com isso — Lucien sorriu, brilhando. Ele era pai dela, Gwyneth reparava agora nas semelhanças.

— De quem herdei as sardas? Minha mãe e irmã não tinham — a fêmea gesticulou para o próprio rosto.

— De sua avó.

— Como ela se chama?

— Héstia. Quer ir à corte diurna para conhecê-la?  — Gwyneth assentiu. Estava ansiosa, iria conhecer sua avó. Pela mãe, será que gostaria dela? — Não fique nervosa, sua avó vai gostar mais de você do que dela mesma. Ela sempre quis uma neta, segundo ela, para mimar. 

Gwyneth não tirava o sorriso dos lábios. Sua mente ainda vagava para Azriel, a fêmea implorava à mãe que ele não a procurasse.

— Vou falar com Nestha e Emerie — a fêmea soltou o braço de Lucien assim que chegou a casa dos Grão senhores. Gwyneth tocou aquele pingente em sua pulseira, ele o direcionaria para Nestha e Emerie. 

— Vou procurar Rhysand, quem sabe ele consiga uma maneira de irmos para a corte diurna — o macho seguiu o caminho oposto ao de Gwyneth. Caminhando pelas árvores em direção ao jardim de onde correu sentiu uma sombra tocar em seu pulso. 

— Por favor não diga que ele está aqui. — a fêmea murmurou como uma oração, mas não obteve resposta alguma da sombra. Seguindo seu caminho, encontrou Nestha olhando para o céu, ao lado de Cassian e Emerie. — Ei, quero falar com as duas.

— Se você está brilhando é coisa boa — Emerie a olhou. Cassian murmurou algo sobre, ela ser uma segunda lanterna ruiva, mas partiu deixando as três valquírias a sós. — Então…?

— Estou indo para corte diurna. Vou conhecer meus avós — a fêmea contou para as amigas enquanto sorria. 

— Resolveu as coisas com Azriel? — Nestha perguntou, bebericando seu vinho. Gwyneth negou, sentindo o brilho se apagar— Emerie, acho que temos que bater nele de novo.

Gwyneth, arregalou os olhos. Pela mãe como assim de novo? 

— Esqueça isso. Conversamos depois, arrume as coisas. Você vai conhecer seus avós! — Emerie desviou Gwyneth do assunto olhando para Nestha como se a mandasse manter a boca fechada.

— A casa fornecerá tudo o que precisa. Incluindo um novo estoque de livros pornográficos — Gwyneth corou. Ninguém além das amigas precisava saber o tipo de leitura dela — Ah, Gwyneth, pela mãe! Não é vergonhoso ler putaria, somos um time. 

Gwyneth tapou a boca de Nestha o mais rápido que pôde. Mandando que a fêmea calasse a boca. Emerie riu e Nestha mordeu a mão da fêmea.

— Caralho! — a fêmea murmurou sacudindo a mão. Gwyneth saiu de lá xingando Nestha dos pés a cabeça pela mordida. Mas no fundo do seu coração a fêmea estava feliz, tinha amigas e família. A fêmea encontrou-se com a Grã senhora da corte noturna, parada a porta de casa.

— Gwyneth, Lucien contou a nós. Você é uma fêmea de sorte, e filha de um macho honrado — Feyre a abraçou assim que a viu. 

— Onde está Nyx? — Gwyneth colocou os cabelos atrás das orelhas pontudas. Comentando que iria para a casa do vento.

— Rhys o levou para dormir. A magia o deixou exausto. Vamos, vou atravessar você para a casa— Gwyneth pegou a mão da Grã senhora, e logo as duas estavam na casa.

Feyre voou colocando Gwyneth dentro da casa. As fêmeas entraram juntas conversando sobre como Nyx aprendeu rápido algumas coisas. O pequeno sabia contar até 100.

— Rhys, está me chamando. Precisa de mais alguma coisa antes de eu ir? — a grã senhora da corte noturna, gentilmente pousou Gwyneth no ringue.

- Não, vou ficar aqui por enquanto. Obrigada — Feyre se despediu e atravessou, deixando Gwyneth no ringue sozinha. 

Gwyneth deixou que toda a sua frustração, tristeza e raiva viessem à tona. E como na noite em que encontrou o encantador das sombras, a fêmea tentou cortar a fita. 

Corte de laços e salvação. (Concluida)Onde histórias criam vida. Descubra agora