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Gwyn.

Água. A fêmea ouvia a água do mar quando abriu os olhos. Estava em uma gruta ao que dava para perceber, a passagem parecia ser submersa a água.

— Olá, Gwyneth — soou uma voz atrás de Gwyn, era como um mero sussurro que poderia ser comparado a um último suspiro. Gwyneth se virou encarando uma fêmea de pele pálida, olhos vazios, magra, mas linda.

— Quem é você? — Gwyneth questionou se afastando, era como se ela já tivesse visto aquela fêmea, mas não se lembrava do rosto.

— Vai lhe custar esforço acreditar que sou sua amiga, principalmente pelo fato que sou a personificação da morte. — o vestido negro cheio de penas se arrastou quando a fêmea caminhou.

— Porque veio atrás de mim? Vai me matar? — questionou preparando-se para um possível ataque.

— Não. Vim atrás de você Gwyneth, por que nunca te abandonei. Poucos conseguem, mas você me viu, e não temeu a mim por uma razão certa, por isso a deixei viver. Eu me coloquei à sua frente quando meus irmãos e irmãs tentaram tirar sua vida. 

— Por que? 

— Porque você escolheu morrer por um motivo nobre, e não merecia morrer depois do que passou pela segurança daquelas crianças.— A fêmea emanava frio, podia se notar a cada palavra proferida era um último suspiro de alguém.

— Entendi. Mas o que quer comigo? 

— Eu sou a alma de Narben, a espada destruída. Niale modificou a aparências das espadas para que eu fosse destruída não Gwydion. — a fêmea se sentou em uma rocha que havia no chão da gruta. — Me apeguei a você Gwyneth, você assim como eu, preferiu que a sua existência fosse extinta ao deixar que suas últimas ações fossem traições.

— Quis ser sua porque me usará para o que é certo. Me aceita? — Gwyneth ponderou, a espada seria usada para o que é certo. Narben era como Gwyneth, tinha preferido sua destruição a ser usada para o que era mal. Gwyneth assentiu confirmando.

— Tem uma pessoa que quer te ver — a fêmea apontou para trás e desapareceu.

— Gwyn? — Não pode ser. Era realmente impossível, que fosse Catrin.

— Catrin! — a fêmea se aproximou de  onde sua irmã estava, vestida com as vestes do sacerdócio, seus cabelos negros estavam trançados — Isso é impossível, você eu a vi morrer. 

Lágrimas inundaram os olhos de Gwyneth, mas a fêmea a sua frente se aproximou.

— Acalme-se Gwyneth. Minha irmã, você tem a morte como sua amiga. — aquela afirmação não pareceu ruim aos olhos de Gwyneth. — Em Sangravah, ela ouviu seus pedidos e fez com que vivesse para que tivesse uma nova chance.

— Porque ela não salvou você também? — lágrimas escorriam pelo rosto de Gwyneth.

— Porque eu não saberia viver sabendo que deixei que tudo aquilo aconteceu com você e eu não impedi. Então eu pedi para que ela me levasse — Catrin explicou tocando o rosto de Gwyneth. — Eu estou com você Gwyn, o tempo todo eu estou. Diga para nosso pai, que mesmo sem conhecer eu o amo, e diga a seu parceiro que se magoar você puxarei os pés dele, e rasgarei as asas dele com as facas dos imortais.

— Desperte meu poder em você Gwyneth. Se unir o seu poder de fogo, com o meu da água. Poderá tornar-se uma tempestade. Aprenda — Catrin deu na mão de Gwyneth uma esfera azul marinho e desapareceu.

— Como farei? 

— Um daemati pode te levar até ele. Mas não deve ser poderoso demais, Catrin colocou seu poder protegido, quem ajudar a encontrar deve ser tão fraco que seja imperceptível só assim as barreiras do seu poder não o matarão. — Ouviu Narben declarar enquanto tudo ficava claro e aquela gruta sumia.

— Gwyneth? — Azriel a chamou, a fêmea abriu os olhos. 

— Está tudo bem — lágrimas de alegria brotavam em seus olhos. Gwyneth sentia Catrin em si mesma, não tinha mais saudade só alegria.

— O que a espada disse? — Elain perguntou sentada ao lado de Gwyneth, que havia sido deitada na cama.

— Contarei tudo, mas antes preciso de um daemati fraco o suficiente para que meu poder não o mate. — Gwyn declarou sentando-se.

— Não conheço nenhum daemati fraco. Os únicos que sei são Feyre e Rhysand, mas ambos não são nada fracos — Lucien disse de pé ao lado de Azriel.

— Eu conheço.

— Quem? — Gwyneth, Lucien e Elain questionaram em uníssono. 

— A minha mãe. — Afirmou Azriel. As sombras o abraçaram, como se para consolar o Encantador das sombras — O poder é fraco quando você não nasce com ele, ou tem algum vínculo. Minha mãe não era daemati, ela adquiriu esse poder usando a força e a dedicação. É algo tão fraco que ela quase nunca consegue usar. 

O macho explicou brevemente sobre o dom de sua mãe, mas Gwyn notou que ele hesitou para dizer onde ela estava.

— Minha mãe mora e trabalha em um prostíbulo ilyriano — o macho disse e atravessou. Gwyneth se levantou e atravessou em seguida, alcançaria Azriel. Não era motivo para se envergonhar, e ela era sua parceira estaria com ele independente de suas origens.

Corte de laços e salvação. (Concluida)Onde histórias criam vida. Descubra agora