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Elain.

— Elain, você tem que parar de fazer isso! — Feyre havia dito assim que Lucien passou pela porta, e todo círculo íntimo foi liberado. — Lucien fez algum mal a você, antes do caldeirão? — A irmã mais nova perguntou pondo uma mão em cada lado da mesa.

— Eu, não consigo lembrar disso. — Elain respondeu. — É como se uma névoa me impedisse de lembrar de tudo que ele fez. Mas tenho certeza de que ele não impediu aquele amigo dele de me jogar no caldeirão.

— Você não conheceu Tamlin, como eu conheci. E eu não conheci como Lucien, conheceu. Mas se concordamos em algo é o quanto Tamlin nos usou. — A expressão da irmã mais nova tornou-se melancólica. — Lucien é um bom macho. — Completou.

Elain sentou-se quando as visões atingiram sua cabeça, as visões floresciam como flores.

Olhos azuis, brilhante em lágrimas. Um rosto cheio de sardas, a pele de um rosto masculino brilhando, uma cicatriz no olho. 

— O que houve Elain? — Feyre perguntou, mas Elain correu. Ela precisava ver Lucien.

“Coma” foi o que Lucien disse, mas Elain não queria então ele ordenou “abra a boca” ela obedeceu e ele a alimentou.

“Beba” ele a dava água “estou tentando convencer a Tam, para que ele deixe vocês irem. Eu prometo que não vou fazer nenhum mal a você, Elain”. 

Elain, o alcançou enquanto lembranças ainda enchiam a sua cabeça. 

...

A fêmea já havia voltado para casa, nem a mesma acreditava que havia abraçado Lucien e que havia se sentido bem.

Agora ela tentava enteder a visão, enquanto cozinhava com as duas espectros. Cozinhar tirava elain de um poço escuro, mas abraçar Lucien. Toca-lo, sentir o cheiro dele havia feito não só sair de um buraco, mas ver a luz. 

Elain não sabia o que aconteceu, desde o caldeirão. Sentia que algo a prendia, a segurava e forçava ela a ficar sozinha. A enganar, a mentir. A maioria das vezes ela tentava conter, mas não conseguia o que quer que a prendesse era mais forte.

E ganhou ainda mais força, quando contra hybren, elain desejou ser mais forte e então lá estava ela. Com uma fúria imensa esfaqueando o rei, Elain não tinha coragem para fazer mal nem a uma flor. Mas havia matado alguém, era mal. Mas mesmo assim ela havia matado.

— Elain? — Feyre a chamou, segurando Nyx. A fêmea inclinou a cabeça para que Feyre falasse e a mesma o fez — o que aconteceu, você saiu correndo do escritório.

— Eu, fui falar com ele — disse apenas. Falar de Lucien a causava amargor na boca, elain agora já não fazia ideia do que ela tinha.

Ter estado perto de Lucien, havia feito bem, mas agora ela queria distancia. Eles eram parceiros, elain ouviu rhys, contando como foi saber que Feyre se casaria. E que ela o "odiava".

Lucien, estava passando pelo mesmo. E Elain, era a culpada. Não que ela quisesse ferir alguém, não ela não queria. Mas não estava tendo controle, desde o caldeirão ela sentia algo errado, mas só piorou depois que ela esfaqueou o rei. E internamente gostou daquilo.

— E, o que aconteceu? — Feyre perguntou de novo.

— Contei que tive uma visão, e prefiro não falar o resto — curiosidade tomou conta do rosto da grã senhora e elain suspirou. — na minha visão ele brilhava — disse simplesmente então a irmã, simplesmente atravessou com Nyx.

Já era noite quando elain, foi para o seu quarto. Ele havia cuidado do jardim, feito as refeições. Seu pensamento viajavam entre Lucien e um lugar subterrâneo, o lugar era escuro e repletos de horrores.

Mas Elain não sentia medo, ela gostava. E então ela viu um anel, diferente do de ferro que ela usava, era feito de ossos.

Não era como ter uma visão, parecia uma lembrança. Mas Elain nunca havia vivido aquilo.

Ainda pensativa elain deitou-se na cama e fechou os olhos. Caindo no poço de escuridão, ela dormiu.

Ela sentia, ódio. Ódio puro quando entrou no campo de batalha, segurando uma espada ela enfrentou seu inimigo.

Um homem que para elain, não era totalmente desconhecido. Ela só não conseguia lembrar quem ele era. E agora ela estava o torturando, e se divertia em vê-lo sofrer. Era uma vingança. No final, tudo o que restou do homem foram seus olhos e dedos.

Elain acordou do sonho, desesperada e ofegante. O que estava acontecendo com ela? A fêmea não sabia, mas uma parte dela não tinha medo do horror que ela fizera naquele sonho. 

Uma voz gargalhava, mas não era Elain. Ela sentia-se poderosa, mas também sentia raiva, ódio ela queria destruir tudo ela queria poder. Mas Elain, só queria viver em paz.

Corte de laços e salvação. (Concluida)Onde histórias criam vida. Descubra agora