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Elain.

— Pela mãe, o que eu faço? — Desespero tomava conta de Elain, a fêmea jurava que não seria capaz de governar esse povo.

- Primeiro, seja você mesma. E depois, deixe fluir, você é especial Elain, eu sei que consegue — Lucien murmurou para ela. A fêmea deu um passo à frente, no topo das escadarias onde abaixo todos feéricos e grão feéricos a olhavam. A fêmea respirou fundo.

- Em primeiro lugar. Boa tarde a todos. — um coral de boa tardes a saudou de volta. Elain ficou um pouco mais tranquila, isso era um sinal que se ela falasse eles responderiam. — Me chamo Elain Archeron. Anteriormente, fui humana, assim como minhas duas irmãs.

— O que quero dizer com isso, é que apesar de agora ser Grã feérica e Grã Senhora não quero ser maior que vocês. Não quero os tratar de maneira diferente, independente da classe social. Quero cuidar de todos igualmente, sei que nunca governei nada, muito menos uma corte — A fêmea suspirou olhando para eles.

— Mas quero ser amiga de vocês. Quero que me tratem com respeito e eu os tratarei igual. O caldeirão me escolheu como Grã Senhora, mas preciso da ajuda de vocês para ser alguém bom para todos. Espero ser aceita entre vocês — a população estava silenciosa e Elain não pode deixar de olhar para Lucien que sorriu de maneira tranquila. Palmas ecoaram, juntamente com saudações de "seja bem vinda entre nós, Grã Senhora".

Um suspiro de alívio escapou de Elain, a fêmea desceu para o meio do povo onde foi acolhida de braços abertos por algumas mulheres. As crianças a rodeavam, brincando e sorrindo.

Elain se afastou para área do jardim onde fez surgir magicamente mesas, aos poucos todos se sentaram e Elain junto com suas melhores amigas começaram a servir.

— Senhora, irei montar a guarda. E cuidar dos cavalos — um grão feérico de cabelos loiros e olhos claros declarou quando Elain serviu-lhe um prato.

— Obrigada. Me chame apenas de Elain — o macho sorriu assentindo. Elain se sentia feliz, havia falado com o povo e agora os alimentava. Aquela era sua família, e Elain pediria ajuda para cuidar dela.

Gwyneth atravessou junto com Azriel. A fêmea murmurou para Lucien que estava tudo limpo ao que dava para perceber, e se afastou indo dançar com as crianças.

— Vocês me querem aqui também? — Elain questionou se aproximando, o céu já estava um tanto escuro e o sol havia sumido dando lugar a lua. O povo havia comido, bebido e agora dançavam em comemoração a chegada de Elain.

— Sim! — as crianças gritaram. Elain pegou a mão de duas crianças e junto a elas começou a girar.

— Vocês conhecem a canção do cravo e a rosa? — as crianças negaram com a cabeça. Então Elain começou a cantar uma versão animada da canção.

A fêmea girou e girou cantando e sorrindo. Seu coração batia freneticamente e ela ofegava suando. O povo aos poucos se despediu e logo só havia Gwyneth, Azriel, Lucien, Morringan, Emerie, Nuala, Cerridwen e Elain jogados no gramado.

Elain nunca havia se cansado tanto. Mas ela estava feliz, sua corte a amava. Mas ainda faltava ver as ninfas e com esse pensamento a fêmea se virou para Lucien.

— Faltam as ninfas.

— Podemos vê-las amanhã. — Lucien respondeu suspirando, mas algo em Elain a fazia querer ir naquele exato momento.

— Não, eu preciso ir agora. Pode ficar aqui, não demoro. — Elain não esperou por Lucien. Apenas atravessou para um lago.

A fêmea se aproximou da água. Elain havia levado pedras preciosas no bolso, seu intuito era agradar as ninfas. Feyre havia contado que eram seres extravagantes, adoravam gastar.

Corte de laços e salvação. (Concluida)Onde histórias criam vida. Descubra agora