𝑱𝒊𝒔𝒐𝒐
Acordo mais cedo, bem antes da voz da Queen B começar a tocar.
Quase não dormi a noite passada. Uma parte do motivo foi por ter saído para dançar, e a outra parte foi por estar morrendo de tanta ansiedade.Hoje vou conhecer o filho de dona Beatriz, Sr. Jeon Seokjin. Dois anos se passaram daquele dia horrível.
Se eu fechar os olhos consigo me lembra de Beatriz aos prantos ao receber a ligação de que o filho mais velho estava em estado grave no hospital na Itália, depois de ter sofrido um acidente de carro.
Não sei muito como tudo aconteceu. O que sei é que Seokjin sofreu uma lesão na perna, que levou a amputar parte dela, além da morte de seu melhor amigo.
Desde esse dia, a empresa passou por muitas adaptações. Seu filho mais novo, Jungkook, retornou ao Brasil e assumiu temporariamente a empresa.
Ele é um excelente advogado, e apesar do momento difícil que sua família passava, procurou manter o ambiente de trabalho o mais leve possível. É bem humorado e o convívio com ele é muito fácil. Seu amigo Taehyung também. Ele sempre estava por perto para ajudar e dar suporte.
E preciso falar: que os dois juntos pareciam ter saído de uma fábrica de modelos de tão lindos que são. Dois pecados com aqueles ternos justos, que valorizavam seus músculos.
Deveria ser proibido, homem gostoso usar terno, porque porra tira a paz de qualquer mulher.
Taehyung é um pouco mais contido que o amigo, que é mais saidinho.
Apesar de serem gatos pra porra, eu jamais ficaria com os filhos dos meus chefes, muito menos com um amigo da família deles. Jamais!
A senhora Beatriz me deixou como seu braço direito, sobe o comando de sua filha Jennie, que apesar de ainda está cursando faculdade mostrou ter o dom para os negócios. Sem contar que nos demos muito bem. E passamos a ser amigas.
Todas as reuniões mais urgentes e indispensáveis foram feitas via online sempre com a presença de Jennie; as demais foram remarcadas para quando seus pais retornassem ao Brasil. A empresa permaneceu assim por seis meses. Depois desse período Sr. Vincenzo retornou a presidência e sua esposa para seu cargo.
E há três meses recebi a notícia pessoalmente de que o Sr. Seokjin retornará para a empresa ocupando o cargo do pai. E que eu serei sua nova assistente. Isso mesmo.
A própria Beatriz me pediu. Quer dizer, gosto de pensar que foi um pedido. A mulher sabe persuadir viu. Não tinha o que debater depois de tantos agradecimentos e elogios ao meu trabalho.
Tomo meu banho, faço minha maquiagem e escolho um vestido preto com mangas com saltos pretos também. Minha maquiagem de todas as manhãs, só que dessa vez sem batom. Apenas um hidratante labial que deixa meus lábios com um leve tom de boca.
Vou à cozinha e começo a preparar o café. Quando estou separando algumas torradas e pães, Lalisa sai de seu quarto.
- Bom dia flor do dia. - Digo com um mega sorriso no rosto.
- Corta essa. Preciso de cafeína. - Fala sentando na cadeira colocando seus cotovelos na mesa e apoiando a cabeça nas mãos. - Nunca mais vamos sair para dançar um dia antes de termos trabalho, viu? Nem adianta fazer drama.
- Até parece que você não gostou de ontem. Não parou para descansar um segundo desde a hora que chegamos ao clube. - Respondo, lhe entregando uma xícara de café forte.
Ela sorri de lado, balança a cabeça e dá de ombros: - Já tinha saído de casa obrigada... - diz levantando um dedo -, diga-se de passagem, gastado maquiagem, o que me restava era aproveitar um pouco.
- Pra mim aquilo não pareceu pouco, querida Lisa. - Dei um sorriso e ela me respondeu com o dedo do meio. Gargalho do seu jeito de xingar.
Lalisa não costuma falar palavrão, mas sempre que pode mostra o dedo do meio.
[...]
Como se estivesse vivendo um deja vu do meu primeiro dia aqui, chego ao prédio da empresa, depois de ter deixado minha amiga em seu trabalho. Estaciono o carro e vou até o elevador, porém dessa vez aperto o botão do último andar torcendo para que meu novo chefe vá com a minha cara.
Quando chego ao meu – novo – andar, caminho até a minha mesa, que é muito parecida com a minha antiga, porém maior e bem mais luxuosa.
Começo a repassar os compromissos do dia, quando ouço um barulho de canetas sendo jogadas. Olho para o relógio em meu pulso, e percebo que ainda é cedo para meu chefe ter chegado.
Fui informada de que Seokjin assim com a mãe, é pontual e só chegaria à empresa as 08:00.
Há apenas uma sala neste andar e os únicos que tem acesso direto, além de mim, são seus pais e seus irmãos. A equipe de limpeza aparece no final do expediente.
Outro barulho. Só que dessa vez de vidro sendo quebrado.
Com o susto, me levanto da cadeira com um pulo.
E como por extinto em ajudar, corro em direção a porta da presidência.
Não me preocupo em anunciar minha entrada ou bater antes. E abro a porta.Sem imaginar que veria materializado na minha frente, o motivo que me faria querer tanto morder minha língua pela primeira vez em minha vida.
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𝐒𝐄𝐎𝐊𝐉𝐈𝐍, a família jeon
Romance↬αdαρтαçασ jiиรσσ •lσиg-fic• cσиclυídα • vσlυмє σиє ❛ Não há como esquecer, e mesmo que eu quisesse, todas as vezes que me olho no espelho, o sentimento de culpa vem tão forte que sinto como se meu peito estivesse sendo rasgado.❜ ⇢ 𝐃𝐢𝐫𝐞𝐢𝐭𝐨𝐬...