Stella é uma garota nascida em um laboratório de pesquisa. Sua mãe morreu logo após o seu nascimento.
Cientistas trabalham a anos numa mesma causa, e agora, querem saber se ela tem a mesma "doença" que tinha a sua mãe, e assim que é comprovado o me...
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Acordo no dia seguinte me sentindo estranha. Olho para o lado e Oliver não está na cama.
Devagar eu me levanto, e ao olhar para os lençóis, vejo uma pequena mancha vermelha no local em que estava deitada. Me espanto ao ver aquilo, então me aproximo para sentir e vejo que se trata de sangue, o meu sangue.
O que está acontecendo?
Desço o olhar para baixo, vejo em minha perna uma mancha de sangue seco, não é muito, mas já foi o bastante para me desesperar.
Tem algo de errado comigo...
Rapidamente corro até o banheiro pegando uma toalha e trazendo para limpar aquela mancha na cama de Oliver, esfregando por cima do local, mas não resolvia nada, só espalhava o que já estava ali.
O desespero toma conta do meu corpo, então continuo esfregando com força, mas paro subitamente quando Oliver abre a porta do quarto e me olha confuso.
- O que está fazendo?
- Oliver... Tem algo errado comigo...
- Como assim Stella? - Ele vem rápido até mim preocupado e em seguida para a cama.
- Acho que estou morrendo... Estou perdendo sangue...
- Stella... Escuta. - Ele tira a toalha da minha mão, me fazendo olhá-lo. - Isso é normal, acredite.
- Normal como..? Isso nunca aconteceu comigo...
- Não vai acontecer novamente, não se preocupe.
- Não há nada de errado comigo...?
- Não. Mas me diz, como você se sente?
- Eu... Estou bem.
- Vai tomar um banho enquanto troco o lençol.
- Tudo bem.
- Está com fome?
- Um pouco.
- Trouxe isso para você. - Ele destampa a bandeja com várias coisas gostosas.
- Trouxe meu café no quarto... Obrigada. - Abraço seu corpo em agradecimento.
- Coma o quanto quiser.
•••
Oliver passou o dia inteiro em casa, apesar de está me evitando, quando nós encontramos em algum cômodo, parece que ele fica sempre se controlando para não fazer algo. Seu maxilar trava, seus punhos se fecham, e o seu coração acelera. Hoje ele está mais quieto que o normal, parece bem pensativo, e parece que o motivo disso tudo acabou de chegar...
Uma mulher alta e elegante chega na casa, exalando o seu perfume forte.
Eu apenas observo, sentada no sofá da sala.
- Olá, garota.
Garota...? Ela pensa que tenho que idade?
- Oi...
Oliver logo surge descendo as escadas.
- Stefany, chegou cedo. - Ele a cumprimenta.
- Assim podemos aproveitar bastante o tempo. Não me disse que tinha uma irmã.
Ele me olha sentada no sofá sem entender o que acontecia.
- Ela não é minha irmã. Vamos para o meu escritório.
- Como quiser.
E assim eles somem da minha vista.
Me sinto extremamente incomodada só em imaginar o que eles devem estar falando, ou pior... Fazendo.
Depois de longos minutos eles retornam, dessa vez saindo da casa, e minutos depois voltam conversando.
- Pena não ter dado para analisar tão bem a área por já está anoitecendo, mas se quiser olho tudo amanhã bem cedinho.
- Claro, quero que essa obra comece o quanto antes.
- Amanhã só posso olhar se for bem cedo, pois terei que viajar ainda pela manhã.
- Nesse caso, se quiser passar a noite aqui, amanhã acorda quando achar melhor e avalia tudo.
- Assim está perfeito.
- Pode ficar com o primeiro quarto a esquerda então.
- Ótimo, eu preciso mesmo trocar essa roupa que está me apertando.
E enfim ela sobe com a sua bolsa nos ombros, e Oliver se senta ao meu lado.
- Quem é ela? - Pergunto.
- A responsável pela planta da obra que quero fazer lá fora.
- Ah... Oliver?
- O que?
- Por que está me evitando? Eu fiz alguma coisa?
- Você não fez nada, só estou estressado, e não quero descontar em você, só isso.
- Talvez um abraço ajude. - Falo, me sentando em seu colo para abraçá-lo.
- Oliver...? - A mulher alta o chama lá de cima.
Por que me sinto tão estranha com a presença dela aqui?
- Algum problema, Stefany? - Oliver responde alto para que ela ouça.
- Poderia me ajudar com uma coisa..?
Olho para ele suplicante para que não vá, mas ele me tira de cima do seu colo e sobe as escadas.
Algo dentro de mim se acende.
Sinto um sentimento ruim tomar conta do meu corpo, como uma raiva, respiro ofegante e sentindo toda aquela adrenalina, subo as escadas também, parando no começo do corredor ao ver a cena que eu menos queria ter visto.
