02 "Aquele Quarto"

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Acordo, sentindo a claridade que entrava no quarto, sobre o meu rosto, abro os olhos olhando em volta, vendo que ainda estou no mesmo lugar quando adormeci

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Acordo, sentindo a claridade que entrava no quarto, sobre o meu rosto, abro os olhos olhando em volta, vendo que ainda estou no mesmo lugar quando adormeci.

Não foi um sonho...

Eu sempre sonho com o dia em que eu não estivesse mais naquele laboratório, e graças a aquele homem eu não estou mais.

Devo a minha vida a ele.

Levanto da cama, vendo uma peça de roupa sobre ela, um vestido, não igual ao que eu usava, esse era amarelo e bonito.

Tiro a roupa enorme que vestia, me visto.

O que eu faço agora? Espero por ele?

Aguardo sentada por alguns minutos, mas logo o medo se instala em mim, com a possibilidade de Oliver ter me abandonado aqui, então caminho até a porta à procura dele.

Ando por um corredor vendo algumas portas, porém não entro em nenhuma, sigo reto até escutar uns barulhos estranhos de... Choro!?

Sigo o som que me leva ao fim do corredor, na última porta, dando para escutar melhor agora.

Não sei se devo fazer isso... Ele pode não gostar.

Entre pensamentos, acabo abrindo um pouquinho a porta, me dando a visão completa do que estava acontecendo.

Uma mulher deitada sobre um colchão, suas pernas estavam marcadas e filetes de sangue desciam dos finos cortes. Seus olhos estavam abertos, e o seu corpo mole parecia estar morrendo.

Rapidamente fecho a porta, fazendo com que ela bata, me assusto ainda mais e corro de volta para o quarto.

O que estava acontecendo lá? Ele que fez aquilo com ela? Agora ele sabe que eu vi... E se... Querer fazer o mesmo comigo...

Meus olhos enchem de lágrimas com a possibilidade dele me fazer alguma coisa.

De repente a porta é aberta de uma vez e logo fechada, fazendo eu me encolher na cama.

- O que infernos você foi fazer lá? - Oliver tinha o olhar sério e parecia está com muita raiva.

- Eu... Ouvi barulhos e... Estava te procurando... Me desculpa. - Acabo chorando sem saber o que fazer.

- Não devia ter aberto aquela porta!

- Me desculpa... Não foi minha intenção... - Fecho os olhos fortemente.

Sinto a mão dele sobre o meu rosto, limpando minhas lágrimas e abro os olhos para encará-lo.

- Pare de chorar, não farei nada com você.

- O que estava fazendo com aquela mulher? O que ela fez...?

- Você não está preparada para essa conversa.

Tantas perguntas se passavam pela minha cabeça agora, não sei se posso confiar nele, não depois do que vi.

- Só... Esqueça isso. - Ele caminha até a porta. - E jamais entre naquele quarto novamente.

Apenas aceno com a cabeça, ainda sentindo o meu coração acelerado.

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