17 "Apaixonada"

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Resolvo tomar um banho e me deito, afim de tentar dormir, mas é em vão, tudo que eu menos tenho agora é sono

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Resolvo tomar um banho e me deito, afim de tentar dormir, mas é em vão, tudo que eu menos tenho agora é sono. E depois de talvez horas virando de um lado para o outro na cama, enfim sinto o sono chegando. Mas mesmo assim sou capaz de ouvir leves passos pelo corredor.


Quando sinto algo se aproximando das minhas costas me viro rapidamente, agarrando seu braço, e ascendo o abajur ao lado da cama para vê-la assustada.

— O que você quer Stella?

Hoje eu descobri que ela havia entrado no meu escritório, eu só não sei o que ela achou lá, mas pela sua expressão quando eu cheguei, não foi nada bom. De confesso que me senti estranho ao vê-la mentir para mim, eu quero que ela confie em mim, e não que não se sinta segura para me contar as coisas.

— Eu... Posso dormir aqui?

— Por que quer dormir aqui? — Solto enfim o seu braço que ainda segurava.

— Estou com medo...

— Medo do que?

— De ficar sozinha de novo... — Ela responde, e posso ver seus olhos brilharem em lágrimas enquanto a mesma abraçava o seu próprio corpo.

Puxo sua cintura em um ato de proteção, trazendo-a para a cama, e ela fica por cima de mim enquanto me abraça forte. Era possível sentir o seu coração batendo de tão forte que estava.

— Não vai mais ficar sozinha, aquele pesadelo já acabou... Está aqui agora. — Acaricio seus cabelos.

— Tenho medo que um dia você me deixe... — Ela se agarra ainda mais em mim.

— Eu jamais faria isso.

— Você é uma pessoa boa... Não é!? — Sinto o receio em sua voz, e mais uma vez me lembro de quando eu cheguei e a vi naquele estado.

Não respondo nada, apenas continuo a fazer carinho em seus cabelos.

— Está com raiva de mim.

— Por que eu estaria? — Me assusto ao ver que ela ainda estava acordada.

— Porque eu sinto... — Levantando a cabeça, ela me olha.

— Só quero que confie em mim.

Vejo o receio de algo em seus olhos, mas sendo surpreendido mais uma vez por ela, me afasto ao ver a mesma avançar em minha direção.

— O que está fazendo? — Me sento na cama confuso.

— Eu pensei que fosse gostar... — Agora envergonhada, Stella olhava para baixo, também sentada na cama. — Eu vi em um dos filmes que passava na televisão, e eles pareciam tão felizes fazendo aquilo... Você já fez isso?

— Já, mas...

— E você gostou também? — Me interrompendo, ela pergunta.

— Sim, eu gostei, mas não é assim que funciona, duas pessoas se beijam quando gostam uma da outra, ou sentem mais do que isso.

— Então você não gosta de mim...?

Me sinto a droga de um velho tendo que explicar isso.

— É claro que gosto, mas o casal que você deve ter visto, são namorados, ou apaixonados um pelo outro.

— Apaixonados... Eu acho que estou apaixonada por você. — E da forma mais natural possível, Stella solta.

— Não, você não está.

— Eu quero bei...jar você, então eu estou apaixonada.

— Vamos dormir que é melhor. — Me deito a espera dela, que pula sobre mim tentando me beijar. — Stella!

Viro o seu corpo na cama, ficando por cima, e segurando os seus pulsos.

— Não faça mais isso.

E sem me dá ouvidos, ela levanta a cabeça o bastante para alcançar minha boca, me dando um selinho demorado. E não deveria, mas senti o meu coração acelerado com o seu pequeno ato.

E novamente ela me dá outro pequeno beijo estalado, e outro, e outro... Eu sei que ela nunca fez isso antes, e me sinto um merda por estar permitindo, mas com todas as suas investidas, acabo segurando o seu rosto com uma das mãos para que ela abrisse a boca, e a beijo de verdade, sentindo meu corpo cada vez mais envolto ao dela.

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