- Não Lucky, eu não posso – disse Gisele me afastando e saindo de perto de mim.
- Por que não?- perguntei com doçura.
- Porque não é certo, não podemos... – disse ela arrumando sua roupa, me levantei fui até ela e peguei suas mãos.
- Claro que podemos, nós nos amamos certo? – eu disse beijando suas mãos.
- Mas você é o príncipe e eu sou apenas uma funcionária, você terá a seleção e tudo o mais... – ela disse rapidamente.
- Shhh, nada disso importa, nada disso poderá suprir nosso amor – eu disse olhando-a nos olhos.
- Não, eu não posso. Faremos assim, eu irei me inscrever na sua seleção se eu for sorteada então poderemos ficar juntos, sem isso eu não posso... Me desculpe – ela disse soltando suas mãos das minhas e se retirando.
Eu fiquei olhando ela fugir de mim e suspirei, o que eu faria se ela realmente entrasse na seleção? Eu não ficaria com ela, eu teria que conhecer melhor todas as outras, é muita presunção achar que eu me derreteria pela primeira mulher que eu visse, como ocorreu com meu pai.
Retornei para a cama e me deitei para dormir eu não pensaria sobre isso, era bobagem me martirizar por algo assim.
Nos dias que se passaram de meu castigo minha mãe cumpriu sua promessa, Kiella trazia minhas refeições e alem dela apenas a senhora Ambers vinha me ver, pois eu tinha aulas com ela, às vezes eu tinha aula com o marido dela também. No dia da festa eu estava eufórico por uma perspectiva de contato social.
Passei o dia treinando esgrima, ao entardecer me troquei para o baile de dezesseis anos, eu estava me olhando no espelho enquanto arrumava minha gravata, quando minha mãe entrou em meu quarto.
- Querido, gostaria de pedir que vá ao quarto de Grace, antes de entrar na festa para fazer uma entrada grandiosa ao lado dela – ela disse arrumando minha gravata.
- E por que eu faria isso? – perguntei mal educado.
- Porque é importante para ela, e porque eu estou pedindo – ela disse me olhando profundamente e eu assenti.
- Aproposito, oi mãe, que bom te ver, porque faz alguns dias que não a vejo – eu disse com ironia.
- Bom da próxima vez comporte-se e não ficará de castigo – ela disse me olhando com olhar voraz.
- Expus a verdade que não queriam escutar – eu disse cruzando os braços.
- Lucky, está querendo mais uma semana de castigo? – ela perguntou em tom de aviso.
- Não! Desculpe, estou frustrado por tanto tempo de confinamento – eu disse cruzando os braços, ela me abraçou e beijou minha testa.
- Comporte-se, por favor – ela pediu.
- Onde está o papai? – perguntei.
- Seu pai está muito chateado com você – ela disse.
- Pensei que ele havia superado – eu disse.
- Quase, então comporte-se, todos seus irmãos estão aqui – ela disse acariciando meu rosto.
- Vou buscar a Cê – eu disse me desvencilhando de seu carinho e saindo de meu quarto deixando-a lá.
Eu não queria ser grosso, mas existiam coisas que não me importavam, estava pouco me importando com meus irmãos, com o reino e que se danem todos.
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Gêmeos de Illéa - Livro 3 (Completo)
Fanfiction(Fanfic de A Seleção) Lucky e Grace são gêmeos e os caçulas de Maxon e America (que tiveram mais três filhos antes). Lucky é um príncipe mimado, sem coração que não acredita no amor, assim ele não vê problemas em conquistar moças e descarta-las. G...