9 - Príncipe Lucky

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Acordei eufórico, me arrumei e porque não se sentir feliz? O dia está lindo, o meu paletó é lindo e eu claro sou lindo! peguei minha caderneta e rumei para o grande salão, eles estavam arrumando as coisas para a minha entrevista. Encontrei com meu pai no grande salão.

- Você deverá levar no máximo cinco minutos para essa pequena entrevista, depois você terá mais tempo com elas, mas não se esqueça de que estou de olho em você – ele disse.

- Nossa pai, bom dia para o senhor também – eu disse sorrindo.

- Não tente me dobrar Lucky – ele disse com olhar enfadado.

- Papai! Quanta tenção, já pensou que nos últimos anos o senhor tem se preocupado demais e isso está lhe causando rugas? – eu disse de brincadeira e ele rolou os olhos.

- Suma daqui Lucky – ele disse e eu sai rindo do grande salão.

Meu pai andava muito sério, será que eu lhe causava tantas dores de cabeça ou eram os ataques rebeldes? Fazia uns quatro meses desde o último ataque. Me dirigi para a cozinha do castelo.

- Bom dia Anariles, como está? – eu cumprimentei a grande ajudante de cozinha e ela me olhou com cara de desagrado.

- Bom dia alteza – ela disse secamente.

- Posso pegar uma cenoura? – perguntei e ela me olhou feio.

- Toma! – ela exclamou enfiando uma cenoura na minha mão, sem um pingo de gentileza. Isso era tão típico dela.

- Nossa Ana, posso te chamar assim? – eu perguntei brincalhão.

- Não – ela disse enfadada.

- Então Ana, você está muito bonita hoje, o que fez no cabelo? – eu perguntei sabendo que ela não estava nem um pouco diferente.

- Se manda fedelho, tenho mais o que fazer aqui – ela disse e eu ri.

- Depois precisa me contar todo o segredo da sua beleza – eu disse.

- Sem bajulações, só cai fora – ela disse e eu saí comendo e rindo da cozinha.

Chatear a Anariles, era quase como um passatempo meu, era engraçado porque ela estava sempre rabugenta.

Quando cheguei ao grande salão as meninas já estavam agrupadas, coloquei o último pedaço de cenoura na boca e sorri para elas. A maior parte delas parecia bem nervosa.

- Bom dia meninas – eu disse e elas responderam em coro "bom dia".

"Eu vou pedir para conversar por uns cinco minutos em particular com cada uma de vocês, para conhecer um pouco mais sobre vocês. Vou começar pela esquerda e para começar a primeira ali da ponta poderia me acompanhar?" – eu pedi gentilmente e uma garota de cabelos cacheados e pele bronzeada veio comigo, eu a conduzi até as duas poltronas que haviam sido destinadas para essa entrevista.

- Então... Kristie, me diga algo sobre você – eu pedi após ler seu nome na plaquinha e procurei seu nome em meu caderninho, Kristie Pademon, ela tinha um corpo magro, seios fartos, um cabelo bonito e definitivamente ela era muito BOA, coloquei um "X" no "BOA", enquanto ela falava nervosamente alguma coisa, que eu nem prestei atenção, ela tagarelou por uns cinco minutos e eu fingi interesse tentando não ficar olhando para seu decote, sim eu gostaria muito de rasgar seu vestido.

- ... E eu fiquei tão feliz em ser escolhida – ela disse me tirando de meus devaneios.

- E eu estou feliz em tê-la aqui, agora nós nos veremos no café da manhã –eu disse piscando para ela o que a fez corar, ela levantou-se e saiu.

Gêmeos de Illéa - Livro 3 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora