28 - Príncipe Lucky

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Irritar a Anariles era tão divertido que transformava meu dia, eu estava voltando da cozinha depois de quase apanhar com o rolo de macarrão, eu havia feito cocegas nela e ela quase me bateu com o rolo de macarrão. Eu obviamente sai correndo quando percebi seu olhar assassino e também porque ela me jogou uma caçarola, por pouco não me acertou e isso apenas provou que suas ameaças eram reais. Saí de lá gargalhando alto.

Grace havia me pedido para escapar do café da manhã havia alguns minutos e por esse motivo eu fui a cozinha, minha intenção era apenas pegar alguma comida, mas irritar a cozinheira era algo que fazia parte de mim! Eu peguei uma certa com pães, e quase um hematoma na cabeça, mas valeu a pena!

- Não sabia que tinha percebido que eu não estava no café da manhã – a voz de Cléo me fez virar e encontrar ela atrás de mim sorrindo.

- Hmm – foi a única coisa que esbocei, ela sorriu e apontou para a cesta em minhas mãos – Bom eu não vi que não estava no café, mas se quiser podemos comer juntos – eu disse dando de ombros e ela pareceu um pouco desapontada.

- Oh, eu pensei que estava fazendo isso por mim – ela disse desapontada.

- Quando eu falo que vocês esperam muito de mim, eu não minto – eu comentei e ela olhou-me nos olhos.

- Eu acho que faz algum tempo desde o nosso último encontro – ela comentou.

- Olha só como o destino é engraçado, pronto agora temos um encontro – eu brinquei.

- Isso não é certo, você nem se deu ao trabalho de mentir e dizer que realmente era para nós essa cesta, não se deu ao trabalho de nada como sempre, sempre brincando, sempre desviando a atenção com uma brincadeira – ela disse e suspirou.

- Ah, então você prefere que eu minta para você? – eu perguntei, que coisa peculiar e toda aquela conversa de "sinceridade"?

- Não! Eu quero apenas que se importe ou mostre que se importa – ela disse séria.

- Cléo, eu não me importo. Assim se eu fingir será uma mentira e é isso que você quer? – eu perguntei com enfado, que conversa mais irritante.

- Lucky, pensei que você fosse capaz de mudar, mas assim fica difícil – ela comentou e eu ergui a sobrancelha.

- Mudar? Porque eu iria querer mudar? – eu perguntei.

- Para ser uma pessoa melhor – ela disse e eu fechei meus olhos e balancei a cabeça.

- Sou a pessoa que quero ser, quando eu quero ser. O que volta a minha pergunta inicial, você quer comer comigo ou não? – eu perguntei, claro que eu não me lembrava de ter feito essa pergunta, mas essa conversa estava me aborrecendo.

- Não! – ela disse com raiva.

- Ok – eu respondi e lhe dei as costas e segui meu caminho.

Minha nossa, o que ela quer de mim afinal? O que eu quero dela? Nada! Eu nem sei mais o porquê de ela permanecer na seleção, acho que ela está por um fio.

- Você poderia ser um pouco mais educado Lucky – ela disse e eu me virei surpreso.

- Sério mesmo que você me seguiu para continuar essa discussão infundada? – eu disse estreitando os olhos.

- Lucky, entenda que eu gosto muito de você, muito mesmo, a única coisa que eu peço a você é que se importe – ela disse com os olhos brilhantes.

- Cléo eu não entendo, defina se importar – eu disse.

- Se importar, é se preocupar, eu não tomei café você poderia se importar com isso, não sei bem o que dizer – ela disse com as lagrimas rolando sobre suas bochechas, mas que droga, porque ás mulheres tem essa tendência as lagrimas? Que coisa irritante.

Gêmeos de Illéa - Livro 3 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora