15 - Príncipe Lucky

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Fazia três dias desde a sessão de fotos e eu saí com algumas das minhas preferidas apenas. Hoje eu estava praticando esgrima no salão de treino e meditando um pouco. Depois de finalmente poder dizer "sim eu saí com todas", eu havia feito uma promessa a Amberly, de ficar apenas com a elite até dez dias antes do natal, eu realmente deveria para de ficar prometendo mundo de fundos a todos, mas eu sabia que era completamente possível cumprir a promessa e essa era mais fácil que a promessa feita a Grace, suspirei com esse pensamento. Algumas das meninas me deixavam tão frustrado e tão bravo, eu queria e podia fazer tantas coisas... Tanto potencial e eu não podia usar, mas eu não queria me casar com qualquer uma, eu queria escolher minha esposa, era o justo e se eu violasse as regras eu teria que dar adeus à escolha.

- Você é realmente bom nisso – escutei uma voz e me virei, era Rachel.

- Não sabia que tinha platéia, se soubesse eu teria me exibido – eu disse e ela riu.

- Acho que por isso que eu não anunciei que eu era sua platéia – ela disse rindo.

Eu retirei o capacete de esgrima e fui beber água, eu não sabia mais há quanto tempo estava nessa sala sozinho.

- Faz quanto tempo? – ela perguntou me entregando uma toalha.

- O que? Que eu pratico ou que estou aqui? – perguntei secando meu rosto na toalha.

- As duas são perguntas interessantes, pode começar pela segunda – ela disse e eu me sentei em um banco.

- Eu pratico acho que desde os onze anos, eu gosto da forma como posso extravasar minha raiva – eu disse dando de ombros.

- E por que um príncipe que tem tudo teria tanta raiva? – ela disse com um tom de ceticismo.

- Como assim tenho tudo? – não entendi o ponto exato de sua pergunta, existem muitas formas de se ter tudo e nunca se tem tudo.

- Bom você tem uma vida incrível aqui, você tem tudo que o dinheiro pode comprar, você tem uma família incrível e todo o resto – ela disse dando de ombros e sentando-se ao meu lado.

- Entendi, você não tem família? – perguntei e ela pareceu incomodada.

- Tenho meu pai apenas – ela disse evasivamente.

- Sua vida não é incrível? – perguntei.

- Muito longe disso, existem dificuldades no mundo normal – ela disse.

- Sabe uma coisa que você tem que eu não tenho? – perguntei sério.

- Não existe nada assim – ela disse.

- Liberdade, eu não tenho liberdade, sabe Rachel se eu fosse um cara comum eu seria um cafajeste da pior categoria possível, eu possivelmente seria um "desvirtuador" de garotas bonitas como você, eu não me importaria de ferir sentimentos, eu não me importaria em fazer sexo apenas para alguns minutos de prazer e jamais voltar a ver uma garota, eu seria uma pessoa bem pior do que eu sou, mas eu não sou uma pessoa como você, eu devo seguir regras, protocolos e todas essas coisas, então eu não tenho liberdade, não tenho privacidade e nem uma visão do mundo real como você tem, então não finja que me conhece porque você não conhece – eu disse sem olhar para ela, eu ficava realmente irritado como todas elas achavam que sabiam muito sobre mim, um príncipe encantado e todas essas fantasias tolas, eu não era assim, eu era egoísta e várias outras coisas ruins.

- Por que você não tenta deixar-me conhecer te? – ela disse tocando minha mão e eu não me mexi.

- Sabe de uma coisa Rachel? Eu não sei absolutamente nada sobre você, por que eu vou me expor dessa forma? Conte você primeiro – eu disse e ela ficou incomodada.

Gêmeos de Illéa - Livro 3 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora