25 - Príncipe Lucky

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O tempo passava e apenas aguardávamos no abrigo real, Vladmir e Nikolai conversavam em russo no canto, minha mãe estava cochilando ao lado de Amberly, Antony e meu pai conversavam, Apolon e Brooke agora estavam conversando com Cléo e Sophie também, Ophelia estava do outro lado com Pamela.

Seria possível ser tão desastrada assim? Isso me irritava demais, eu não era o príncipe encantado ou o super herói, eu não tinha que salva-la sempre, alias eu não queria isso, eu não quero ter uma esposa que eu tenha que cuidar dela dessa forma, até entendo que na concepção matrimonial o certo seja um cuidar do outro, mas em nada me atrai a fragilidade, eu não sou um homem que se atrai com isso, o único sentimento que posso expressar por pessoas assim é pena. Pena não é um sentimento bom, é um sentimento miserável que ninguém deveria sentir pelo outro.

Sem contar que com tanta inaptidão ela pode muito bem morrer em um próximo ataque, afinal até agora ela teve sorte que a encontrei, mas um momento a sorte irá acabar e eu posso não chegar para salva-la, isso já foi longe demais ela vai acabar matando a nós dois.

- Acho que você deveria conversar com a Pamela – disse Ophelia parada ao meu lado, eu nem a vi chegar de tão distraído que estava.

- Lia, se eu falar com ela agora vou dizer coisas que ela com toda certeza não gostará de escutar – eu disse a ela.

- Pamela está muito triste pelo que aconteceu – disse Ophelia.

- Não é para menos, eu não sou o príncipe de armadura prateada montado em um cavalo branco que estará sempre lá para salva-la, em uma questão de vida ou morte... Provável que eu salve a minha vida e não a dela – eu disse de mau humor e ela sentou-se ao meu lado e tomou minha mão em suas mãos.

- Você é um príncipe maravilhoso quando você quer – ela disse me olhando nos olhos.

- Sei que sou, mas sou um péssimo príncipe quando eu quero igualmente, sei ser muito desagradável e não tenho medo de dizer coisas horríveis, não me importo de partir um coração que não me interessa – eu disse e ela acenou com a cabeça.

- Vou arrumar uma desculpa para ela – disse Ophelia levantando-se.

- Se quiser dizer a verdade eu não me importo – eu disse e olhei para Pamela que me olhava com expectativa e eu a olhei de volta de forma vazia.

- Não quero ferir seus sentimentos, você deveria fazer isso. Ela é muito frágil seja gentil quando for falar com ela – pediu Ophelia.

- Não prometo nada – eu disse.

- Tente pelo menos – ela pediu e eu dei de ombros, ela deu um sorrisinho e saiu.

Quando Pamela percebeu que Ophelia estava voltando sozinha ela fez beicinho, eu me levantei e fui para perto dos russos, sério se ela achava que podia me manipular com esse tipo de comportamento frágil ela não conseguiria, podia funcionar com vários homens por aí, mas não comigo.

- Está tudo bem? – perguntou Vladmir.

- Claro, estou no paraíso cercado por seis garotas – eu comentei com ironia e ele riu.

- Acredite em mim, uma única mulher já da muito trabalho, não gostaria de ficar em sua pele – disse Nikolai rindo.

- Em pensar que um dia eu almejei ter todas elas para mim – eu disse em um suspiro.

- Cansou delas? – perguntou Vladmir.

- Algumas delas, por mais que eu tente eu não me sinto nem um pouco atraído por elas – eu disse bufando.

- Dispense-as – disse Vladmir dando de ombros.

- Cada coisa há seu tempo – eu disse – Alias pensei que você não viria – comentei.

Gêmeos de Illéa - Livro 3 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora