Capítulo 29 - De volta no T.

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A sala estava lotando aos poucos, M10 e Dylan conversavam sobre algo, Pi14 e ES8 haviam preparado o café para todos, Alice DeLuca cuidava de Leonardo e P50 e E35 tentavam não se olhar, sem sucesso. Não precisava ser o maior observador para entender o que se passava entre os dois.

L4 lançou um sorriso na direção do Leonardo e se sentou em uma das cadeiras envolta da mesa, ao lado de Marcus. Logo os outros o acompanharam fazendo o mesmo. Ele não havia dormido, sua mente não parava e quando percebeu já estava amanhecendo. Sabia que tinha olheiras e toda vez que M10 olhava para ele parecia prestes a dizer alguma coisa, mas sempre desistia. Talvez fosse melhor assim.

— Então, o que temos? — perguntou, não sabia exatamente para quem.

O plano até agora era arranjar uma maneira de levar a família DeLuca para os holofotes, sem comprometer a sua vida. Era um plano até que decente mas faltava a execução.

— Nada — respondeu Dylan, olhando para a mesa, chateado — Eu tentei entrar algumas vezes, mas... Nada.

— Então, o que nós temos? — perguntou Pi14, mordendo um biscoito.

O lugar ficou em completo silêncio. Ele se ajeitou na cadeira, segurando a raiva.

— Pelo silêncio, aparentemente nada — disse — Você me disse que podia entrar.

— E eu posso, é só que...

— O que?

M10 lançou um olhar em sua direção e ele parou de falar, era realmente estupido ficar chateado com isso, o rapaz tentava seu melhor. E além disso, sua raiva não era sobre ele.

— Não é tão fácil, L4 — disse P50, colocando a mão em seu ombro. Ele suspirou — A gente tem tentado, mas não dá para achar o sinal deles, é muito fraco.

— Mas talvez a gente tenha um plano — disse Dylan, olhando para o Programador.

— Eu não falo — disse, negando a cabeça.

— Por que não, você deu grande parte da ideia.

— É suicídio — retrucou P50.

— É o seu plano. 

Dylan suspirou.

— A gente não consegue o contato daqui, é muito bem protegido. Mas talvez... Quer dizer, com certeza, se a gente injetasse um vírus no sistema, ele seria nosso.

L4 concordou com a cabeça, tentando imaginar para onde essa conversa chegaria.

— E como a gente pretende fazer isso?

— Aí que entra o suicídio — disse P50, arrumando os óculos — Entrando na Segunda Torre.

Várias reclamações começaram a surgir. Era uma ideia louca, mas se fosse a única possibilidade, talvez devessem tentar.

— Você esqueceu que estamos sendo procurados? — perguntou ES8.

Desde o dia que salvaram os humanos e a Escudeira, seu rosto foi acrescentado na lista. O única dos Escolhidos que permanecia fora era ES9.

— Dylan é o único que não tem o seu rosto divulgado pela cidade — respondeu o Programador.

O rapaz deu um sorriso leve, olhando para a Médica. Era esqusiito ele ser o único que não tinha o rosto divulgado.

— Como? — perguntou L4, curioso.

O rapaz engoliu em seco, olhando para a mesa.

— Vamos dizer que Imperatore acha que o perigo já morreu. Eu não sou nada.

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