A sala estava lotando aos poucos, M10 e Dylan conversavam sobre algo, Pi14 e ES8 haviam preparado o café para todos, Alice DeLuca cuidava de Leonardo e P50 e E35 tentavam não se olhar, sem sucesso. Não precisava ser o maior observador para entender o que se passava entre os dois.
L4 lançou um sorriso na direção do Leonardo e se sentou em uma das cadeiras envolta da mesa, ao lado de Marcus. Logo os outros o acompanharam fazendo o mesmo. Ele não havia dormido, sua mente não parava e quando percebeu já estava amanhecendo. Sabia que tinha olheiras e toda vez que M10 olhava para ele parecia prestes a dizer alguma coisa, mas sempre desistia. Talvez fosse melhor assim.
— Então, o que temos? — perguntou, não sabia exatamente para quem.
O plano até agora era arranjar uma maneira de levar a família DeLuca para os holofotes, sem comprometer a sua vida. Era um plano até que decente mas faltava a execução.
— Nada — respondeu Dylan, olhando para a mesa, chateado — Eu tentei entrar algumas vezes, mas... Nada.
— Então, o que nós temos? — perguntou Pi14, mordendo um biscoito.
O lugar ficou em completo silêncio. Ele se ajeitou na cadeira, segurando a raiva.
— Pelo silêncio, aparentemente nada — disse — Você me disse que podia entrar.
— E eu posso, é só que...
— O que?
M10 lançou um olhar em sua direção e ele parou de falar, era realmente estupido ficar chateado com isso, o rapaz tentava seu melhor. E além disso, sua raiva não era sobre ele.
— Não é tão fácil, L4 — disse P50, colocando a mão em seu ombro. Ele suspirou — A gente tem tentado, mas não dá para achar o sinal deles, é muito fraco.
— Mas talvez a gente tenha um plano — disse Dylan, olhando para o Programador.
— Eu não falo — disse, negando a cabeça.
— Por que não, você deu grande parte da ideia.
— É suicídio — retrucou P50.
— É o seu plano.
Dylan suspirou.
— A gente não consegue o contato daqui, é muito bem protegido. Mas talvez... Quer dizer, com certeza, se a gente injetasse um vírus no sistema, ele seria nosso.
L4 concordou com a cabeça, tentando imaginar para onde essa conversa chegaria.
— E como a gente pretende fazer isso?
— Aí que entra o suicídio — disse P50, arrumando os óculos — Entrando na Segunda Torre.
Várias reclamações começaram a surgir. Era uma ideia louca, mas se fosse a única possibilidade, talvez devessem tentar.
— Você esqueceu que estamos sendo procurados? — perguntou ES8.
Desde o dia que salvaram os humanos e a Escudeira, seu rosto foi acrescentado na lista. O única dos Escolhidos que permanecia fora era ES9.
— Dylan é o único que não tem o seu rosto divulgado pela cidade — respondeu o Programador.
O rapaz deu um sorriso leve, olhando para a Médica. Era esqusiito ele ser o único que não tinha o rosto divulgado.
— Como? — perguntou L4, curioso.
O rapaz engoliu em seco, olhando para a mesa.
— Vamos dizer que Imperatore acha que o perigo já morreu. Eu não sou nada.
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A Última Vida
Ficção CientíficaEm um mundo futurístico os países se destruíram em caos. A única maneira foi juntar todos os sobreviventes em um novo e único país, liderado agora por apenas uma pessoa, Imperatore. O que ninguém sabe é que esse líder foi o responsável por todos os...