You and I | N.H.

| Chapter 70

22 de Março de 2015

O ar fresco da manhã londrina arrepia todo o meu corpo e faz o meu corpo recuar alguns passos com a vontade de voltar para dentro dos lençóis quentes e fofinhos da cama do quarto de hóspedes da casa de Zayn e Perrie. Nego dezenas de vezes com a cabeça até voltar a andar em frente para dentro da van preta que me levará até casa de Eleanor. A vontade de andar a esta hora por aí a passear de um lado para o outro é pouca ou quase nula mas tanto eu como Eleanor precisamos de algo para nos distrair.

- Podemos ir menina? - o motorista questiona
- Sim, claro.

Estico a mão para a maçaneta da porta e puxo-a com toda a minha força, que é realmente, nenhuma e fecho a porta. Depois aconchego-me no acento cinza e aperto o cinto de segurança à volta da minha cintura e torso.
A carrinha preta de vidros esfumados inicia a marcha e eu aproveito para fechar os olhos, de maneira e despertar o meu cérebro adormecido, durante toda a viagem até casa de Eleanor e Max.
O pequeno rádio posicionado nos lugares da frente envia para todo o espaço uma pequena melodia calma e baixa. Eu devia estar a acordar mas a música que sai pelas colunas é algo tão sereno que breve me levava para um sono profundo se não tivéssemos chegado ao meu destino.

- Chegamos!
- Obrigada.

Esfrego o meu olhos sonolentamente e depois de tirar o meu cinto abandono a carrinha dando um breve aceno ao motorista de smoking. Eu não percebo o fetiche que os motoristas têm pelos smokings mas também não acho que seja uma coisa para eu perceber.
Depois de olhar para cada lado da rua à procura de fotógrafos ou algo parecido, sem encontrar algum, eu toco na pequena campainha branca que se encontra num dos pilares que sustenta o grande portão de grades finas e pretas.
O pequeno portão ao lado do grande faz o barulho estridente, que me assusta, e logo depois abre ligeiramente para trás. Viro-me em direcção a ele e quando o alcanço, trespasso-o e fecho-o com alguma brutalidade atrás de mim. Num movimento rápido os meus pés correrem para a porta da entrada da casa que é ligeiramente aberta. Quando chego bem à frente da mesma vejo a rapariga de olhos verdes a sorrir-me.

- Entra. - ela sussurra
- Obrigada.

Atravesso a porta e Eleanor fecha logo a porta atrás de mim. Logo depois ela vem até mim para me dar um braço mas algo me ataca as pernas e eu cambaleio para trás.

- Bruce. - Eleanor resmunga com o seu cão de pelo ruivo, alaranjado
- Oh meu Deus ele é tão fofo.

Ajoelho-me no chão e Bruce vem logo ter comigo. Abraço o seu pescoço e ele lambe toda a extensão da minha bochecha.

- Vou levá-lo para minha casa. - comento enquanto acarinho o seu pêlo
- Nem penses. - Eleanor ri-se

***

- Vamos Bruce.

Num segundo estava ao lado de Eleanor e Bruce no outro estava a correr pelo parque fora. Bruce olhou para mim mas logo veio a correr atrás de mim, trazendo Eleanor quase de arrasto.

- Pára de correr Abbie. - El resmungou
- Tudo bem.

Parei de correr e mandei-me para a relva. Bruce veio até mim e saltou-me para as costas.

- És pesado, rapaz. - resmunguei
- É bem feita.

Ainda com a trela de Bruce na mão, Eleanor sentou-se ao meu lado. Bruce saio das minhas costas e sentou-se em cima dos pés da dona. Rodei o meu corpo para a esquerda e depois sentei-me na relva virada para o lado contrário da Eleanor. Estiquei os braços para trás, apoiando as mãos na relva e deixei o peso do meu tronco cair sobre elas.