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1 ano e meio depois

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1 ano e meio depois

Sentia dentro de mim, um sentimento grande de absorção, era estranho, complexo, mais bem vivo, sentia minha pele formigar entre os dedos, sem mexe-lós, tudo estava escuro e quieto, já devia ter me acostumado a isso, mas ainda não dava, o quieto era turbulento e transbordava pra fora, vozes, pessoas, sangues, mortes, tudo era... Familiar, a satisfação e a devoção me fazia viva, a fúria e o desejo me mantia... Sã.

Agora acho que me tornei quem queriam, eu passava pelas ruas e todos se abaixavam fazendo uma reverência a mim, todos eram meus soberanos, eu me sentia bem, me sentia amada, mas... O que era o amor? Uma eterna obsessão ? Ou um desejo carnal onde um ato unindo eles ao prazer ?  Me perguntava isso diariamente, os treinos, as conversas, sexos, seja só com um ou com vários, momentos nos quais nós perguntamos...

É isso?

Por dentro, era assim, por fora...

- Sim, exatamente, podemos pegar umas e ir hoje - Concordo com o que Nádia dizia.

Sexos, drogas, festas, bebidas...

- A senhora vai realmente gostar de lá, tenho certeza podemos fazer muitas coisinhas sabe? - As duas dão risinhos cúmplices, sentada na poltrona me permito olhar ao redor, enquanto uma faz massagem nos meus ombros a outra faz nos meus pés. - Podemos chamar mais amigas, como daquela vez... Bem a senhora pode tudo.

Eu sei, aquela vez foi... Não sei, me descontrolei, acho que matei alguém, não me lembro e aquilo não me importava.

- Safira, chame Aszel pra mim. - Parando de massagear meus pés, o que ela é péssima, Safira então se levanta e vai atrás dele.

Meu amor? Ou obsessão? Não sei.

Minha cabeça dói ao pensar, o que já era de costume, tédio reina  em mim, há um ano e meio venho aprimorando minhas habilidades e me tornando mais forte, eu e ela somos finalmente uma só, mas se lembrar de mil anos em um ano e meio não dá, pessoas, coisas, ainda vômito escondido quando tenho que matar alguém, ainda tremo e tenho pesadelos com coisas que nem fui eu que passei, acostumar... Parece fácil dizer, botar uma máscara e fingir.

Era essa eu, que queria me tornar então?

Depreciativo, eu sei, se isso fosse uma história contada o quão melancólico isso seria? E quantos leriam? Quem gosta disso? Afinal, não sei se eu leria. Dou risada com o pensamento, uma mania que não perdi, pensar demais, o tempo inteiro.

Acendendo um cigarro, penso em quanto esse mundo me culpa pelos próprios pecados, por isso mesmo tem os líderes do inferno, cuidar de tanto pecado assim... Todo mundo se perde no seu próprio teatro e arranja modos de culpar o outro pelos seus próprios desejos obscuros, se foi você quem fez, por que eu sou a culpada? Por que Lúcifer é o culpado?. Blasfêmia

Quando ele chegou, uma de muitas fichas caíram, seus olhos em mim já não tinham o mesmo frescor, minha pele ainda formigava de ansiedade de poder toca-ló mas ele ... Algo tava diferente, como um demônio pode se sentir... Não sei, não sei o que passa na sua cabeça só que me irrita ele ser assim, ainda era por aquilo? Não podia ser né? Já faz tempo, mas desde aquele dia, seu sorriso não foi mais pra mim e isso? Me doía.

- Aszel? Como estão as coisas? - Pergunto sorrindo, ele se senta relaxado no sofá e liga a tv.

- Na mesma, parece que Adão anda se encontrando com alguém do Palacio, há traidores em toda parte e todos eles sabem sobre você. - Fala entediado.

Isso me irrita.

- Entendi e o que os outros líderes acham da minha volta? - Forçada, oferecida, patética.

- Demorada, falta 1 ano e meio ainda pra você ter que ir pra lá não é? Já ao menos aprendeu como domar um Incubus? - Seus olhos eram mortos e matavam os meus cada vez que me olhava

- Não, são teimosos você sabe, só querem sexo. - Minha voz, minha atitude tava calma, mas meu coração continuava descompensado.

- Faz sexo com eles, quem sabe assim eles te obedecem e se te saciar vai em frente.

Raiva, raiva raiva.

Minhas mãos suavam, eu tremia, minha mente alucina, precisava de morfina, algo que me relaxasse, algo que me controlasse, algo que afastasse as vozes.

- Por que? - Pergunto, sem tirar o sorriso do rosto.

- Por que? Yully você é a rainha, você que manda em tudo.

Yully... Só ele ainda me chama assim, só ele me vê ainda como uma menina, só ele...

- Eu sei, mas a pergunta foi outra. - Frieza, tédio, mesmo que eu tenha isso agora, é diferente quando ele não está. Quando ele faz essas coisas por mais doloridas me vejo tendo um sentimento verdadeiro, me sinto viva e elétrica, por mim caia na porrada com ele agora mesmo, se assim, se pelo menos assim ele me tocasse novamente. - Por que você tem que ser tão infantil? - provoco.

- Não sei do que você tá falando. - Desvia do assunto, mas não me dou por satisfeita, preciso ter algo, uma fagulha, nada daquilo pode ter acabado tão fácil assim, tenho a eternidade pra te fazer meu novamente Aszel e vou.

- Sabe sim, você tem me evitado como um adolescente na puberdade e fica aí fingindo que se eu não for lá transar com os Incubus você não ficaria transtornado. - Me levantando, vou até ele e sento em seu colo, mesmo assim, não sinto nada vindo dele, até mesmo seu coração está calmo e ele não me toca.

- Yully, a única infantil aqui é você, se acha que me seduzir vai ganhar algo tá enganada, me chamou só pra isso? Posso já ir embora? Ficar aqui me deixa entediado.

Raiva. Choque. Fúria.

Por que?

- Seduzindo?  Não preciso te seduzir, eu sei que ainda é meu. - Explodo, falo sem pensar, mas meus olhos não desviam dos seus, meu peito subia e descia com força.

- Nunca fui seu Yully. - Pegando minhas pernas ele me joga no sofá, me olhando sério, então como se nunca estivesse tido ali, Aszel some me deixando sozinha e vazia, o frio da solidão me consome.

Não me deixe aqui...

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MEU AZARADO DESTINO! FINALIZADO!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora