Jantar

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Não revisado.

[...]

𝐒/𝐍

— Você está se arrumando para o jantar hoje a noite?— Minato me olhou curioso, ele chegou a poucos minutos com o Itachi e estava me ajudando a escolher um vestido, ele disse que era bom nisso então eu concordei, se bem que....parecemos ter gostos bem diferentes— Parece...estar se esforçando pra isso— Caminhou até o outro lado da cama e se sentou alí.

— Itachi deu a idéia, e estamos em Nova York, aproveitar um pouco não vai fazer mal, não é?— Coloquei três vestidos na cama, um do lado do outro pra ficar mais fácil de escolher— Qual você gosta mais? O preto, o vermelho ou o azul?

— Depende, qual impressão você quer passar?— Sorriu pra mim, era um sorriso gentil.

— Bem...empoderamento talvez— Cruzei os braços por um momento— Azul?

— Vermelho— Apontou pro vestido— Vai ficar bem em você.

  Ele é bem bonito, acho que vai combinar.

— Certo— Deixei o vermelho separado e guardei os outros dois— Vou usar esse então, obrigada pela ajuda.

— Disponha...— Ele parecia um pouco magoado, irritado e talvez até nervoso com alguma coisa, será que a ida na reunião não foi boa? O Itachi não me disse nada...

— Ei, você tá legal?

— Uhm? Sim, estou.

— Não é o que parece, está mais quieto que o normal, a reunião foi ruim? Nenhum de vocês dois comentou sobre ela.

— Foi normal, nada de diferente, tudo ocorreu bem, o Itachi é bom no que faz, eu não posso discordar disso.

— Então porque você parece tão cabisbaixo?— Me sentei perto dele— Eu te conheço a cinco anos, sei quando tem algo errado.

— Mesmo?— Sorriu minimamente— Obrigada por reparar— Até a forma dele falar estava mais calma — É que talvez....eu ame uma pessoa mas ela nem me vê como um homem direito, acho que estou ficando um pouco cansado....

  Ele está...

— Devo...entender como uma indireta?

— .... é....deve...desculpa.

— Não...tudo bem— Não é como se eu pudesse mandar ele parar de sentir isso, eu sei como é gostar de alguém e não dar em nada, é frustrante...você se sente inútil por bastante tempo, como se não fosse o suficiente, como se...seu amor não fosse nada— Eu não sei se deveria te dizer isso mas...sinto muito.

— Não sinta, você não fez nada...

— Não é bem assim, somos responsáveis por quem cativamos, certo? Então eu sou responsável, mas também.... não posso te prometer nada, eu mau me conheço por causa desses últimos cinco anos, seria difícil dizer algo concreto.

— Eu entendo, eu estive por perto durante todo esse tempo, e é exatamente por causa disso que eu jamais seria capaz de exigir alguma coisa de você— Segurou minha mão— Tá tudo bem, também não quero que me ame por pena.

— Pode ter certeza que se eu te amar não vai ser por isso...

— Então eu agradeço— Ele se levantou— Vou passar aqui em meia hora, esteja pronta, ok?

— Certo... obrigada...pela conversa.

— De nada...— Ele foi embora.

  Isso....foi uma droga, eu odeio não conseguir seguir em frente com ninguém, odeio ainda estar presa ao passado...

𝐀𝐋𝐌𝐀𝐒 𝐆𝐄̂𝐌𝐄𝐀𝐒 𝐍𝐀̃𝐎 𝐄𝐗𝐈𝐒𝐓𝐄𝐌Onde histórias criam vida. Descubra agora