A última parte da história de Emilly e Vittorio mostrará se realmente o amor pode superar tudo. Os protagonistas, que já passaram por diversas e perigosas situações, terão de enfrentar o maior inimigo que poderiam ter: A rotina no casamento.
Será q...
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Meus dias se tornaram um tormento sem o Vittor em casa. Eu pensei que seria algo rápido, passageiro, mas já se passaram sete semanas que ele não retorna pra casa. Tão desnecessário!
Durante todo esse período, ele tem falado com nossos filhos todos os dias. Vittoria está introvertida. Não quer conversar muito, não quer brincar, tenho forçado ela pra comer, mas minha filha diz que só quer comer com o pai. Inclusive, eu procurei ela pela casa, certo dia, e a encontrei no escritório de Vittor, dizendo que ia esperá-lo chegar. Muito triste!
Heitor simplesmente se calou. Vejo em seu olhar o peso da tristeza pela falta do pai e sei que a culpa é minha. O clima em nossa casa está péssimo pela situação que se apresenta e pela falta que Vittorio faz. É estranho, pois apesar de passarmos muito tempo longe, sinto que ele ainda está aqui. Ou sou apenas eu remoendo que tudo poderia ser diferente.
Vittorio fala com os filhos todos os dias. Principalmente, com Dylan que tem seu próprio aparelho telefônico. Não há um dia que ele não converse com o pai. Sempre diz como foram as aulas, sobre o que está estudando na escola, e tudo mais. Como faziam quando Vittor ainda estava aqui. Às vezes, eu vou perguntar como foi o dia dele, Dylan diz que já falou com o Vittor e nada me diz. Sei que não é proposital, mas eu também queria estar mais envolvida nisso.
- Senhora Fontinelly, vai precisar de mim mais tarde? - Dona Ângela me questiona enquanto estamos sentadas no balcão da cozinha.
- Não, dona Ângela. Eu lhe agradeço. - Respondo bebericando minha bebida gelada. - E me chame de Emilly, por favor! - Digo e ela meneia a cabeça.
- Vá atrás dele, senhora! É o seu marido e ele te ama! - Incentiva.
- Vittor não quer me ver. Eu liguei várias vezes pra ele, sempre chama e não atende. Mando mensagem e não responde. Vejo que fica on-line, responde ao Dylan, mas não a mim. - Explico.
- Ele está magoado! Homens também se magoam. - Declara e me leva a suspirar.
Eu estou numa posição péssima. Perdi meu marido, sinto que meus filhos estão se afastando de mim, meus amigos também me abandonaram, pois nenhum deles me procuraram mais depois da saída de Vittor, estou relutante de ir à minha médica com receio dos exames e já desmarquei inúmeras vezes minha consulta a psicóloga porque é de casal e eu ainda não contei pra ela que Vittor foi embora.
Suspiro frustrada. Todos os dias eu olho a parte do closet de Vittor com algumas faltas de roupa e meus olhos se enchem de lágrimas. Sinto falta das nossas brincadeiras, conversas e dos momentos de adoração um ao outro onde ele me apreciava enquanto estávamos nus e eu fazia a mesma coisa com ele. Saudades tem resumido meus dias.
- Senhora? - A voz de dona Ângela me desperta mais uma vez.
- Desculpe-me, eu estava pensativa. - Respondo e ouço a campainha tocar. - Quem será? Eu não estou esperando por ninguém! Será que...
