Capítulo 22

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- Não Emilly, não me peça para aceitar essa troca ridícula que esse idiota quer fazer! Não vou deixar que vá até ele

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- Não Emilly, não me peça para aceitar essa troca ridícula que esse idiota quer fazer! Não vou deixar que vá até ele.

A porra da ligação que Emilly recebeu ontem só nos fez brigar até agora. O filho da puta do capo russo determinou que fosse feita uma troca sem noção alguma. O desgraçado quer que minha mulher vá encontrá-lo, sem que eu esteja por perto, e assim ele nos entregará Vittoria. Fora de cogitação! Por certo, sei muito bem que não entregaria nossa menina.

- Vittor, é a nossa filha! - Assevera.

- Eu sei que é. Mas, você não está enxergando com clareza. Ele não vai devolver nossa filha, quando você aparecer, vai ficar com vocês duas e eu não vou aceitar isso. - Asseguro.

- E você quer deixar a nossa filha pra lá? - Emilly diz e me aborreço. Que tipo de pai ela pensa que sou?

- Está louca, Emilly? É claro que trarei nossa filha de volta, porra! Só preciso pensar numa forma de fazer sem pôr a vida dela e a sua em risco. - Assevero e minha fiore caminha até a janela do escritório de nossa casa irritada, envolvendo o corpo com os braços.

Após desligar o telefone, minha cubana ficou extremamente abalada. A imagem de nossa filha sendo levada por um psicopata como Mikhail Rhurik, que mal tomou o lugar do pai no comando da máfia russa me atormenta, já que as histórias que rondam o mundo do crime sobre ele é que é um sádico. O homem tem vinte e dois anos e sucedeu o pai após o antigo capo ter sofrido um acidente de carro numa das vias mais movimentadas de Moscou há três anos.

A única coisa que sabemos desse verme maldito é que, com a morte do pai, fez várias alianças, inclusive com Domenicano, que agora atua como um conselheiro dele. Com o intuito de unificar as duas maiores organizações da Europa, o maldito ofereceu minha filha Vittoria como moeda de troca e o maldito aceitou.

Mas se ele pensa que ficará impune, está muito enganado. Só pelo fato de ter cobiçado minha menina e minha mulher, sua morte vai ser tão dolorosa quanto a de Domenicano. Noto que o choro de minha mulher se intensifica, devido aos tremores que posso ver. Aproximo-me por trás dela, segurando em seus braços

- Meu amor, me ouça! Eu vou trazer a nossa menina de volta, mas não me peça para entregá-la àquele maldito. Ele não tem escrúpulo algum e não podemos confiar em sua palavra. - Emilly se vira pra mim bruscamente.

- Vittor, o seu problema é que me pede o tempo todo para confiar em você, mas você mesmo não tem confiança em mim! - Esbraveja nervosa. - Porra, eu não coloquei Vittoria no mundo para que sofra nas mãos de pervertidos como os que abusaram de mim no orfanato. Não mesmo!

- Eu sei, meu amor...

- Sabe mesmo?- Ia falar, mas sou interrompido. - Então me deixa ir até ele e pegar nossa filha. - Insiste mais uma vez.

- Eu já disse não, porra!

Falo ainda mais irritado, afastando-me dela, e vejo o rosto de Emilly se contorcer em raiva. Esse estresse todo não vai nos levar a lugar nenhum. Minha fiore é uma mulher que tem uma visão racional muito boa, até melhor que a minha afirmo, e eu preciso dela agora, mas vejo que ela está tão atordoada como eu.

SALVA-ME vol III (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora