Capítulo 9

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- Solte a minha filha, seu desgraçado! - Falo para o homem que tenta tirar minha menina dos meus braços

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- Solte a minha filha, seu desgraçado! - Falo para o homem que tenta tirar minha menina dos meus braços.

Assim que saí da escola com meus filhos, deixei Heitor jogando vídeo game com Valentim em sua casa e parti com ela para o shopping fazer coisas de meninas. Porém, quando seguimos para o estacionamento, ao entrarmos no carro, um homem que não consegui saber quem era segurou minha menina pelos braços e tentou tirá-la de mim. Até que ele decidiu falar e me fazer estremecer.

- Deixe-a comigo, meu pão de mel! - Diz com uma voz nojenta que por muito tempo tive que ouvir.

- William? - Indago confusa e então vejo seu rosto. - Era pra você estar morto!

- Nunca, minha princesa! Estarei sempre vivo dentro de você. Tu me pertence, meu pãozinho! E já que reluta em ficar comigo, levarei sua filha que, na verdade, é nossa filha!

- Papai, papai... - Minha filha diz olhando para o miserável nojento que sorri.

- Vem com o papai, minha bonequinha. Vou cuidar de você como queria cuidar de sua mãe. Você quer vir com o papai? - Ele pergunta, passando a mão no rosto de Vittoria que acena em afirmação.

- Não toque na minha filha! - Assevero, batendo em seu braço, mas parece ser em vão.

- Eu quelo ir com o papai, mamãe...

Minha filha diz, me deixando aturdida. William conseguiu ludibriá-la como fez comigo. Ele pega Vittoria de meus braços e sai com ela para um outro carro, sumindo de minha vista.

- NÃÃÃOOO....

- Emilly?

- Traz minha filha de volta, por favor!

- Emilly!! - A voz grave de Vittor me desperta. - Calma amor, foi só um pesadelo. - Soluço em lágrimas, tentando dissipar o medo e o pânico que sinto por pensar em ficar sem minha menina.

- A minha filha, Vittor....ele levou nossa menina...falou que era dele... - Começo a falar frases incoerentes e posso ver que Vittorio não entende nada. Ele me abraça apertado, tentando conter os meus tremores.

- Amor, acalme-se! Nossa filha está no quarto dormindo com a nonna. Ninguém vai pegá-la, sequer chegar perto dela. Confia em mim.

Diz me puxando para mais um abraço consolador e não resisto desabando a chorar. Fazia tempos que não tinha pesadelos como esses, geralmente em tempos que tinha as crises era frequente, principalmente depois que matei a Fernanda. Sonhava o tempo todo com os gritos de dor e lamúrias dela. Mas, nunca nessa intensidade que tive essa noite.

Menos ainda havia sonhado com o William. Eu vi o estrago que Vittor fez com ele, impossível seria sobreviver àquilo, já que seu corpo inteiro foi picado e jogado para os crocodilos que Vittor cria na Itália. Eu vi com meus próprios olhos os animais o devorando, se alimentando de sua carne imunda.

SALVA-ME vol III (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora