Capítulo 7

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Os dias têm sido tensos para todos nós

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Os dias têm sido tensos para todos nós. Em meio a tantos problemas que ainda nos cercam, ainda tem o fato de não conseguirmos encontrar qualquer vestígio de Domenicano. Que homem odioso! Vittor, Mick, Giulio e meu irmão estão se empenhando junto ao Danny, que está na França, para poder encontrá-lo, porém estão tendo bastantes dificuldades.

Soube que Vittor colocou alguns infiltrados nos aeroportos, estações de trem e metrô, até mesmo nas fronteiras dos Estados Unidos para poder ficar atento a qualquer movimentação suspeita do desgraçado. Não sei como meu marido consegue essas coisas, mas ele está fazendo o possível para que nossa família toda venha ficar em paz e segura.

Há duas semanas, a nonna veio para nossa casa passar um tempo conosco depois do atentado que sofreu. No começo, receei sua estada aqui devido ao medo de o maldito tentar algo contra nossos filhos. Porém, logo me desculpei com Vittor e com ela por meu pensamento errado. Somos uma família muito unida e nos protegemos.

Por conta da tensão que estou passando, algumas atividades das crianças foram suspensas, as idas ao parquinho todo fim de tarde ficaram limitadas a idas esporádicas, pois o medo de um ataque é muito grande. Além disso, a segurança para todos nós aumentou ainda mais, o que tem chamado a atenção de algumas pessoas. Não era isso que queríamos.

A mesma coisa acontece na casa de Michaelo e de minha abuela. Todos estamos receosos, mas ainda sim tentamos levar a vida com uma certa tranquilidade. Vittor sempre diz isso.

Por esse motivo, em muitas noites em que podíamos ter feito amor, acabamos falhando. Eu acabo falhando, na verdade. Perco a concentração e não consigo deixar os estímulos de Vittor me envolverem da forma correta. Algumas vezes, eu o peguei respirando profundamente para controlar sua ansiedade, raiva, nervoso... já nem sei exatamente o que sente! E algumas outras vezes, ouvi se tocando no banheiro após uma falha minha. Está muito difícil vê-lo dessa forma.

- Tudo bem, meu amor?

Angelina entra no estúdio, em minha casa, enquanto tento montar uma série para apresentação da categoria infanto-juvenil da minha academia. Minhas alunas irão competir e eu mesma fiquei de montar a sequência de passos. Faria isso na academia, mas Vittor não poderá me buscar hoje, por estar numa reunião com os outros, por isso me pediu para ficar em casa por segurança. Eu apenas aceitei.

- Está sim, nonna! E a senhora? - Indago e ela se aproxima de mim.

- Estou melhorando. A cada dia o medo e o receio vão indo e a esperança vai aumentando. - Diz melancólica. - Não foi trabalhar hoje?

- Vittor pediu para que eu ficasse em casa, pois não poderia me buscar. Então, decidi trabalhar daqui mesmo, já que não daria aula hoje. - Justifico. - Mesmo com as dezenas de seguranças que temos a nossa disposição ele prefere que seja dessa forma.

- O maldito do Domenicano está afetando a todos, né? Infelizmente, nossas vidas só voltará ao normal quando ele morrer! - Diz num tom irritado. O pior de tudo é que ela está certa.

SALVA-ME vol III (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora