A última parte da história de Emilly e Vittorio mostrará se realmente o amor pode superar tudo. Os protagonistas, que já passaram por diversas e perigosas situações, terão de enfrentar o maior inimigo que poderiam ter: A rotina no casamento.
Será q...
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Vittor chegou em casa bem depois do horário de costume. Sei que essa anomalia do horário tem a ver com o que conversamos ontem, enquanto estávamos nos banhando no box, mas ainda assim me incomodou. Ele me pediu que confiasse nele, e realmente confio, mas é tão estranho vê-lo agindo sem falar nada com ninguém, nem mesmo com Michaelo. Muito estranho.
Assim que ele chegou, eu estava limpando o que ficou sujo na cozinha. Ele trouxe café pra mim o que me impediu de fazer, até porque ele não iria beber. Meu marido me disse que encontrou Debbora na escola e que contou sobre meu irmão e de seu constrangimento para com as coisas que falou para Vittor. Como eu imaginei, tudo não passou de estresse devido ao choque por ver a foto na mensagem. Meu irmão jamais culparia Vittorio por qualquer coisa que nos aconteceu, pois ele é testemunha do esforço que Vittor faz todos os dias para nos manter unidos e seguros.
- Amor, você não vai à empresa hoje? - Pergunto ao entrar no nosso quarto e vê-lo com o olhar perdido na janela. - Vittorio? - Chamo mais uma vez e então ele desperta.
- Oi amor, perguntou alguma coisa? - Questiona e ergo uma sobrancelha.
- Vittor, eu perguntei se você não iria a empresa hoje? Geralmente, na parte da manhã você sempre aparece por lá.
- Não, amor. Hoje eu farei tudo do escritório de casa. Além de que, tenho uma reunião com Inagzio e farei daqui mesmo. - Explica, mas sei que não é só isso. Desde quando voltou da escola das crianças ele não está normal. Seu olhar perdido, distraído e muito pensativo revelam que algo o tem incomodado muito.
- Amor, tem certeza de que não quer me contar nada? -Insisto. - Talvez haja alguma coisa que eu possa fazer para ajudá-lo.
- Agora não, fiore! São apenas algumas preocupações que prefiro tentar resolver só, além da situação de Ana que enquanto não for resolvida, não terei sossêgo.
Diz entendendo a mão pra mim e seguro. Vou até ele e o abraço fortemente passando o apoio de que ele precisa para continuar se mantendo firme. Meu marido é um homem forte e obstinado, sei que não vai ficar tranquilo enquanto isso não for resolvido.
- Vai ficar tudo bem, tá? - O encorajo.
- Vai sim! - Seu telefone toca e ele pega do bolso. O nome de Danny brilha na tela e ele põe no viva-voz para que eu possa ouvir.
LIGAÇÃO ON
- Vittor, está podendo falar?
- Sim, posso falar. - Vittor responde.
- Achamos o carro da Ana, além de que houve uma movimentação no cartão de crédito dela. - Danny diz. Eu e Vittor nos olhamos surpresos.
- Quando e onde isso aconteceu, Danny? O carro está no mesmo lugar?- Meu marido pergunta e é nítido sua ansiedade.
- O carro foi encontrado numa sucata a dezesseis quilômetros do restaurante de onde ela foi levada. O cartão foi usado numa cidade vizinha daqui. - Explica.
