Capítulo 16

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Levo minhas mãos ao meu rosto controlando minha respiração diante de tudo que acabei de ouvir

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Levo minhas mãos ao meu rosto controlando minha respiração diante de tudo que acabei de ouvir. Meu coração palpita dizendo que algo muito errado está acontecendo e que se não for resolvido, algo deveras grave pode vir a acontecer. Recordando todo o tormento pelo qual eu já passei, todas as lágrimas derramadas e sequelas que trago em meu próprio corpo, sinto que não posso mais me deixar abater. Pensar numa situação dessa é a melhor escolha que foço.

- Emy, está pronta? Aconteceu alguma coisa?

Olho para a porta do meu escritório vendo a imagem de Giulio, com o semblante preocupado, parada nela. Eu poderia dizer a ele que estou lutando internamente para não deixar minha mente dominar meu corpo, mas não posso permitir. Preciso estar bem para chegar em casa e ter uma conversa que o homem de dorme todas as noites ao meu lado.

- Na verdade, eu preciso levar algumas coisas daqui pra casa e queria saber se você pode me ajudar. - Digo e ele arqueia a sobrancelha desconfiado. Muito parecido como quando seu irmão, o meu marido, faz quando não dá crédito ao que eu digo.

-Tem certeza disso? - Touché! Como já imaginava... aponto no canto do ambiente as três caixas de material que chegou pela manhã. Não teria necessidade de levá-la pra casa, mas é a única forma que encontro para sanar suas desconfianças. - Certo! Vou levar para o carro.

- Eu te acompanho! - Digo e saímos.

Durante todo o trajeto falamos sobre o que vem acontecendo ao nosso redor. Ele disse que Beatrice está muito temerosa, por ele ser neto do desgraçado do Domenicano e este ainda não ter sido encontrado. Falou que ela tem passado muito mal, sentindo-se indisposta e que nos últimos dois dias não tem ido trabalhar.

Olhei em seus olhos e parece que meu amigo entendeu o que eu disse, já que tem uma grande possibilidade de ela estar esperando um filho dele. Eu já fiquei super ansiosa para saber se é ou não, mas meu amigo continuou com aquela calma que é muito comum a ele, calma essa que contrasta totalmente com a do irmão.

Suspiro fundo em pensar que Vittor está escondendo coisas de mim. Outra vez! Sinto um incômodo quando isso acontece, principalmente porque tem outra mulher no meio. Mas, já sei exatamente o que vou fazer.

Entramos em minha casa e encontramos as crianças pintando na mesa da sala. Dona Ângela está da cozinha vigiando-os e meus filhos, ao verem o tio entrando no ambiente, logo correm para o lado dele. Vittoria então, quando o pai dela não está por perto, fala que quer um "malido" igual o titio Giulio. Pelo menos minha filha tem bom gosto.

- Boa noite, amores da mamãe! - Saúdo-os, pegando meu príncipe no colo.

- Boa noite, mamãe! - Meus filhos dizem uníssono. - Boa noite, titio! - Cumprimentam os tios.

- Titio, vai mimi aqui em casa hoje? - Vittoria indaga curiosa como sempre.

- Hoje não, meu amor! Sua titia não está muito bem e eu vim só trazer a mãe de vocês. - Responde paciente que só.

SALVA-ME vol III (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora