O Primeiro Amor (Jenlisa)

Almost

Jack e eu brincamos tanto no parque que o moleque dormiu no banco da praça. Às vezes eu acho que ele precisa de outra campainha infantil presente na vida dele porque desde que ele nasceu somos somente eu ele e Rosé. Claro que ele tinha o tio dele lá no Texas que se divertia muito nos finais de semana, quando minha esposa morreu ele queria estar presente na vida do sobrinho 24 horas por dia porque o rosto do meu filho lembrava muito a minha esposa. Claro que a maioria acha ele mais parecido comigo por meu gene ser mais forte, eu discordo totalmente. Jack é a cara estampado da mãe.

Fiquei mais um tempinho na praça e decidi que já era hora de voltarmos para casa arrumar nossas malas. Eu não quero ficar lá por motivos óbvios, às vezes eu acho que atrapalho e deixo as pessoas desconfortáveis. Minha mãe ainda não sabe da minha decisão mais quando ela souber eu nem sei o que é capaz de fazer para me impedir de ir, coloquei ele no banco de trás ajeitando sua cabeça da melhor forma possível antes de bater a porta e entrar no carro colocando meu cinto de segurança. Coloquei a chave no contato e dirigir até minha casa estacionando na garagem.

Observei que o carro do meu irmão estava parado em frente à casa então possivelmente ele está em casa junto com a namorada dele, esse é o principal motivo de eu querer me mandar dessa casa o mais rápido possível porque querendo ou não eu ainda tenho sentimentos muito fortes por ela e não quero atrapalhar o romance deles dois. Eu não quero brigar mais com meu irmão por besteiras do meu passado que não vão levar em nada, eles realmente tinha razão em dizer que eu era doente naquela época. Aquele ciúmes em excesso era o meu pior transtorno. Peguei meu filho no colo antes de entrar em casa vendo Rosé sentada no sofá com a TV ligada e o notebook em suas pernas, esse é o momento perfeito para ver se eu consigo achar um apartamento.

Ela sorriu assim que me viu e eu retribuí da mesma forma subindo as escadas e colocando o Jack na minha cama. Também tem outro motivo, minha cama é de solteira e ela era perfeita na minha adolescência agora que eu tenho um filho eu me sinto uma sardinha espremida naquela cama. Cobri o seu corpo antes de beijar sua testa e sai do meu quarto mais por alguma razão eu parei no corredor escutando gemidos baixos. Suspirei antes de escorar minha cabeça na parede só de imaginar que aqueles gemidos são dela, eu não deveria me sentir triste por isso mais porque eu estou me sentindo tão estranha em ouvir algo que eu já ouvi muitas vezes?

Cansada de ouvir aqueles barulhos desci a escada quase correndo me sentado ao lado da minha irmã.

- Você pode olhar os apartamentos agora? - Perguntei olhando em um ponto fixo da sala.

- Por que você está branca? Não parece que está se sentindo bem Lisa, achei que você tinha desistido dessa ideia de sair da casa da mamãe.

- Rosé se fosse você no meu lugar você iria fazer o mesmo. Está sendo muito difícil conviver com eles dois no mesmo ambiente! Você não sabe como é acordar todo dia e ver eles dois se beijando depois de tudo que você teve com essa pessoa no passado.

- Achei que você tinha superado isso estávamos até bem morando aqui! Deixa de ser besta esquece logo essa mulher de uma vez por todas Lisa!

- Como eu vou conseguir esquecer alguém está morando no mesmo ambiente que eu? Eu vou morar em um apartamento não quer dizer que eu vou sumir da vida de vocês de novo!

- Oque está querendo dizer com isso?

- Eu estou dizendo que papai e mamãe me mandaram para o Texas para se livrar de mim e dos problemas que eu causava, você só foi mais uma desculpas deles dois para tentar amenizar a situação. Eu sei que você foi a pedido deles não porque você queria ir e sim porque foi obrigada a ir...

- Não é verdade eu fui porque eu queria ir! Porque achei que seria legal se nós duas conseguimos o nosso tão sonhado emprego. E conseguimos Lisa!

- Tudo bem para de mentir! Eu estou cansada de conviver com mentiras ao redor de mim o tempo inteiro Rosé. Agora por favor olha um apartamento se não for muito trabalho para você.