O Primeiro Amor (Jenlisa)

Family

Está em casa novamente não seria estranho para mim até porque nunca perdi o costume da Coréia. Minha maior preocupação vai ser o meu filho e como ele vai se adaptar a o clima um pouco mais frio. Um pouco não eu quis dizer bastante frio em comparação ao Texas que é quase um deserto. Onde morávamos não fazia muito calor mais graças ao inventor do ar condicionado eu e minha irmã não tinha muitos problemas com o calor constante daquele lugar. Muitas pessoas associa o Texas como um cenário de filme de terror, como o Little face por exemplo.

O táxi parou em frente a minha antiga casa e era nostálgico ver tudo de novo, ela estava exatamente como era antes mas com algumas mudanças que com passar do tempo era até compreensível. Eu não estava só com saudades dos meus pais mas também do meu irmão mais novo, Liam, ele é o mais novo. Liam tem 25 anos e muitas pessoas dizem que somos muitos parecidos tirando fato que eu sou uma mulher. E eu concordo com todo mundo que fala isso porque somos realmente muitos parecidos se não fossemos irmãos diria que fomos separados na maternidade. Quando sair daqui ele tinha só 16 anos de idade e acho que ele mudou bastante, eu tentei diversas vezes conversar com ele por chamada de vídeo mas meus pais quando iam passar para ele Liam sempre negava falar comigo porque tinha vergonha.

E foi assim durante 11 anos. Liam nunca queria falar comigo quando eu ligava. Eu realmente espero que ele continue parecendo comigo porque digamos que eu sou uma mulher muito bonita e deve ser uma honra que ele se pareça comigo, aposto que ele tem várias namoradinhas por aí. Eu torço para o meu irmão ser feliz a vida dele, eu realmente quero sucesso dele. Desci do carro e peguei meu filho nos braços levando para o hall da minha casa. Olhei para o lado vendo um balanço que tínhamos feito quando ainda morávamos aqui, Jack vai adorar ver isso.

Rosé pagou ao dono do táxi antes de caminhar para o hall da nossa casa colocando a mão no bolso para tirar a chave da casa. Vamos fazer uma surpresa para meus pais por isso temos a chave cópia, meu meu pai nunca mudou a fechadura da casa o que é legal de se ver. Não é todo mundo que deixa uma fechadura por mais de 11 anos sem ela ficar estragada com tempo. Quando entramos a sala estava vazia e a TV estava ligada passando um programa de culinária qualquer. O cheiro muito familiar da comida da minha mãe entrou em minhas narinas fazendo eu e minha irmã soltar suspiros com aquele cheiro maravilhoso que era a comida dela.

Com meu filho ainda em meus braços fomos para cozinha encontrando minha mãe dançando enquanto cozinhava alguma coisa na panela e meu pai lendo um jornal virado para o lado contrário de nós duas. Jack acordou com o barulho do som baixo da música que tava passando no fundo. Ele soltou um grunhido e minha mãe rapidamente olhou para nós duas largando a colher no chão. Seus olhos estavam brilhando quando viu o menino em meu braço coçando os seus olhinhos, ela veio em nossa direção e deu um abraço primeiro em minha irmã e depois em mim.

- Que isso não seja um sonho e eu não esteja delirando! - Ela falou chorando.

- Você não está amor, se você tiver eu também estou ficando louco...

- Mãe, pai! Que saudades eu senti de vocês!

Jack desceu do meu braço e ficou atrás de mim assustado com meus pais falando alto com a minha irmã. Meu pai largou o jornal em cima do balcão e veio me abraçar enquanto sussurrava palavras bonitas em meu ouvido e dizia o quanto sentiu saudades durante esses 11 anos fora da Coreia. Depois de muito chororô e palavras bonitas minha mãe olhou para meu filho atrás de mim e um sorriso largo apareceu em sua cara.

- Esse deve ser o pequeno Jack! Vem dar um abraço na sua vovó vem...

Ela estendeu as mãos para dar um abraço no meu filho mas ele apertou a minha perna ainda mais e começou a chorar. Eu entendo ele até porque a única vez que ele viu minha mãe foi por chamada de vídeo e ele quase não queria falar com ela também. Sorri para minha mãe antes de me agachar na frente dele e tirar a franjinha do seu olho.