Capítulo 04

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As pessoas precisam de um vilão para acreditar, então estou feliz por cumprir o papel.

Lorenzo

Eu senti a presença, meus instintos gritaram PERIGO.
Quando percebi Luigi armando atrás de Nina.
Quando joguei ela pro lado a intenção era protegê-la.
Então me joguei em cima dele

Eu ouvi o grito de Nina, mas eu não podia parar.
Meu mostro não permitia. E ele mandava no momento.

Eu estava de guarda baixa. Eu estava desarmado era minha noite de núpcias.
E esse momento foi violado.
Isso era um sacrilégio.

Esse era o homem mais covarde e sem honra que já conheci. Casamento e Funerais são sagrados.
E ele ainda assim ele veio me atacar.
Ele sabia que eu estaria desarmado. Ele sabia que eu estava distraído.

Quando grito de Nina parou.
E sentia a presença dos outros no quarto.
Salvatore soltou a arma e veio correndo segurando seu irmão em seu colo.
Eu levantei puxei o lençol da cama e fui até Nina.
Quando fui pegar ela no colo ela se encolheu.
Eu enrolei ela no lençol e peguei ela no meu colo.
Ela estava sangrando muito.
Quando virei com ela no colo, Pietro falou pra levá-la até o hospital da Família.

Quando eu desci a escada ainda havia muita gente aqui. A maioria da cosa Nostra todos olhavam Nina ensanguentado e coberta por um lençol em choque.

Vi quando Raika vinha correndo. Um soldado falou com ela e ela subiu as escadas correndo.
Entrei no carro com Nina, enquanto Humberto dirigia.

Minha mente não parava.
Eu conseguia registrar tudo e mesmo assim não processar nada.Algumas pessoas esperavam por nós com uma maca, pela entrada do hospital que Pietro nos mandou ir.

Eu já fui a um casamento sangrento.
Mas nunca imaginei que haveria sangue e morte no meu.

- O ideal seria nós sairmos daqui imediatamente Lorenzo. Coloque a moça no avião conosco se você a quer. Não sei se Salvatore vai honrar a palavra dele. Era o irmão dele.

Continuei calado. Eu precisava agir.

- Mande todos pra casa imediatamente.
Reforce nossas seguranças.
Mas eu só vou sair com Nina quando o médico me garanti que ela está bem pra viajar.

- Lorenzo.

- É uma ordem.

Então ele foi.
Meus soldados estavam atentos a cada entrada e corredor desse andar.
Nina nunca me perdoaria não só por ser seu primo, mas porque ela o amava.
Eu era egoísta demais pra abrir mão dela.

Se ela fosse racional era veria que fiz a coisa certa.
Ele poderia ter matado ela se tivesse conseguido me matar.
Mas Nina não tinha jeito de ser racional.
Nina era sentimento.

Como essa desgraça pode acontecer.
Meu telefone estava tocando no meu bolso.
E eu estava desarmado minha arma ficou em cima da cômoda do quarto.

Meu telefone voltou a tocar.
Mas não atendi e nem olhei quem era.
Quanto tempo eu estava aqui?
Eu não fazia ideia.

Meu primo Fabriccio vinha na minha direção com Carlo.

- Lorenzo precisamos sair de Palermo agora.
Mesmo Luigi tendo te atacado, ele era irmão de Salvatore.

Amor e Honra.Onde histórias criam vida. Descubra agora