• capitulo 10 •

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JULIE

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JULIE

_ Você não fez isso! - West esbraveja, com um olhar mortal em direção ao Thomas, e em um piscar de olhos, outro ringue se forma; mas agora sem interferência do homem tatuado.

Minhas pernas começam a bambear, o coração acelerar e a respiração falha.

Toda essa confusão está fazendo minha ansiedade querer atacar. Eu respiro fundo e aos poucos vou me acalmando e meu corpo a normalizar.

Respiro fundo mais uma vez, abro os olhos, observando a cena de luta com ninguém ajudando a separá-los.

Olho ao redor, e puxo outros dois homens para me ajudarem a separar, enquanto a gritaria só aumenta.

Chegando perto, vejo toda a situação melhor. Thomas em cima de West, o socando, mas em um movimento rápido, West fica por cima, descontando ainda mais em Thomas.

Quando estou perto o suficiente deles, tento puxar West com ajuda dos outros dois homens, mas West levanta o braço para trás, afim de pegar impulso, mas acaba me acertando; me fazendo gritar.

Mais de surpresa e susto, do que dor, até porque não foi tão forte.

Assim que meu grito chega aos ouvidos das pessoas, um total silêncio tenso toma conta do local.

As pessoas no bar param, apenas olhando a situação; West vira o rosto em minha direção com olhos arregalados, já Thomas aparenta me examinar, pois seus olhos passam rapidamente por mim, e em seguida seu olhar escurece parecendo ter ódio no olhar.

Quando vejo que Thomas arma um soco, se aproveitando que West está distraído, logo puxo West com ajuda dos homens, e deixo com eles.

Abaixo até Thomas, o ajudando a levantar, ele se apoia em mim e então eu o levo até a sala de funcionário, lá deve ter algum kit de primeiros socorros.

Adentro a sala, o coloco sentado em um sofá que tem e ainda em um constrangedor silêncio procuro pela caixa de primeiros socorros.

Pego um banco que tem no canto, e coloco em frente ao armário para poder ver no topo do móvel. Ainda assim, meu olho não chega ao topo, então passo a mão para ver se tem alguma caixa, mas nada. Desço as escadas e guardo-as onde estava.

Ouço um gemido de dor logo atrás de mim, me fazendo virar.

Thomas anda em direção a porta, mas não consegue nem chegar perto, a cada passo ele se contém para não reclamar de dor.

_ Sério? - coloco minha mão na cintura, debochando da situação. É óbvio que só de ver o estado dele, ele não conseguiria sair andando sozinho - Da próxima vez me chama pra te ajudar a fugir - me aproximo dele, enquanto ele se apoia na parede - Vem! - Passo meu braço em sua cintura e o guio até o sofá novamente.

Ao lado do sofá tem um armário, abro-o e finalmente vejo o kit.

Pego a caixa, tiro água oxigenada, gaze, algodão e curativos. Me sento ao lado dele, com as coisas que peguei.

_ Vira pra mim, por favor! - Peço, já que seu corpo está totalmente relaxado e virado para frente, e como estou de lado, não consigo ver seu rosto direito - Dá para virar pra mim? - tento parecer calma mas acho que não consegui muito.

Segundos parados, já fico impaciente. Ele é sempre tão teimoso assim? Levo minha mão ao seu rosto e com mais calma, para não machucá-lo mais, eu forço-o a virar.

Parece que estou brincando de boneca, ele não diz e não faz nada, apenas se mexe quando o forço a fazer.

Quando ele já está olhando pra mim, dou um sorriso forçado, sem mostrar os dentes - Obrigada pela compreensão!

Analiso seu rosto e está bem feio na verdade.

Olho roxo, sobrancelha esquerda com um corte e sangue já seco escorrido, suas bochechas bem vermelhas e sujas, e sua boca, convidativa, entreaberta e respiração pesada, com um corte no canto.

_ Você está bem feio! - Pego o algodão, molho com água oxigenada e primeiro limpo a sobrancelha, Thomas acaba soltando um gemido dolorido - Porque estavam brigando? - pergunto para distraí-lo e também matar minha curiosidade, porque não sou de ferro.

Mas nada de diferente atinge a sala, apenas um grande silêncio na sala.

Termino de limpar a sobrancelha, coloco um pouco de gaze, para secar o sangue escorrendo, faço o mesmo processo com um corte que achei na bochecha direita, e ainda limpo o corte da boca, mas sem colocar curativo.

Me levanto, vou até a geladeira que tem aqui, pego dois cubos de gelo, enrolado em um pano, e levo para Thomas; mas já sei que ele sequer vai me responder se eu der o pano a ele, então me sento ao lado dele novamente, e coloco o gelo em seu olho.

Fico segurando enquanto observo-o com os olhos fechados, que ainda assim sua expressão facial transmite seriedade.

_ Para de me olhar igual a uma psicopata - Ouço sua voz pela primeira vez na noite, e chego a me assustar com sua fala repentina, mas sinto minhas bochechas esquentarem quando me dou conta que eu realmente o encarava igual louca.

_ Sempre tão agradável né - ele abre os olhos, e eu retiro o pano de seu olho.

Ficamos nos encarando, mas eu acabo quebrando o contato visual, olhando para minhas mãos, que brincam com os dedos.

_ Você deveria estar trabalhando - ele diz com um tom meio autoritário, e tenta levantar, lentamente se pondo de pé.

_ E você deveria ficar sem fazer esforço, ainda está todo machucado - me levanto e vou a ele na intenção de ajudá-lo, mas quando vou tocá-lo, ele se esquiva, recusando meu toque; me deixando desconfortável por não ter gostado dele se esquivar.

Thomas segue até a porta, passando por ela, e eu faço o mesmo, me encostando no batente e vendo ele se camuflar no meio das pessoas que ainda estão ali.

Aí Thomas, porque você sempre é assim? Tão...

Aí Thomas, porque você sempre é assim? Tão

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Os Misteriosos Olhos AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora