• capitulo 7 •

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JULIE

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JULIE

_ Srta. Ortiz! - Levanto minha cabeça rapidamente, meio desnorteada e sonolenta. A professora está em minha frente com um olhar mortal. Merda - Se retire da minha sala! - ela aponta em direção a porta, eu recolho minhas coisas o mais rápido possível, e saio daquela sala parecendo um pimentão.

Vou ao banheiro, e quando encaro minha imagem no espelho, meu Deus!

Eu simplesmente estou horrível; com olheira, com uma cara de morta e meu cabelo está em um coque todo bagunçado.

Cheguei em casa às 5h e ainda nem consegui dormir muito. Depois de tudo, fiquei pensando naquele idiota; ele estava drogado e sozinho na rua.

Não que eu me importasse com ele, depois da grosseria que ele teve comigo, mas diante as circunstâncias em que ele estava, eu fiquei só um pouquinho preocupada.

De manhã me arrumei rapidamente, e no caminho para a faculdade acabei comprando um café, para ver se dava uma acordada, mas acho que não deu certo.

Jogo uma água no meu rosto, seco minhas bochechas, saio do banheiro e fico rodando o edifício enquanto não começa minha próxima aula.

_ ...e não esqueçam da pesquisa para nossa próxima aula! - anuncia o professor. Em seguida todos guardam suas coisas, inclusive eu, e saímos da sala.

Quando estou chegando perto do portão de saída, vejo Mica encostada na parede se agarrando com algum menino.

No meio do caminho até o portão, se encontra um grupo de meninas, onde reconheço uma delas, Michelle.

Ao passar do lado dessas meninas, a única que percebe minha presença é Michelle, que fica me encarando enquanto ando.

Ela tem um olhar tão profundo que acho que se quisesse, facilmente conseguiria ler meus pensamentos.

Meus passos ficam tão rápidos que em um segundo estou do lado de fora do edifício, logo ficando na frente de Mica. Nós conversamos, e Mica acaba por me oferecer uma carona até em casa; e eu agradeço tanto por isso.

Hoje estou tão cansada, que agora meu plano é só hibernar a tarde toda...

Ouço o alarme tocar, apenas desligo e viro para o outro lado. Mais cinco minutinhos não vão matar ninguém!

Meu Deus!

Quinze minutos, eu dormi mais quinze minutos, e agora estou atrasada para  ir trabalhar, já tomei banho, pego a blusa uniforme, qualquer calça e um tênis, e saio correndo para o ponto de ônibus.

Minha sorte foi que não precisei esperar muito, logo quando cheguei no ponto, em seguida veio o ônibus que eu geralmente pego, e rapidamente chego ao meu local de trabalho.

Por algum motivo, hoje o trânsito não estava ruim, tendo um bom fluxo, então cheguei rápido.

Corro para a porta dos fundos. O bar já está lotando, e o dono não gosta que os funcionários entrem pelas portas da frente, quando o movimento está grande.

Ao encarar aquele local nos fundos do estabelecimento, dou um longo suspiro por lembrar de ontem, e que hoje eu não vi Thomas pelos corredores da faculdade.

Balanço minha cabeça espantando meus pensamentos, e entro na boate, indo direto ao balcão, finalmente começando o trabalho.

Balanço minha cabeça espantando meus pensamentos, e entro na boate, indo direto ao balcão, finalmente começando o trabalho

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Os Misteriosos Olhos AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora