• capitulo 6 •

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JULIE

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JULIE

_ Até amanhã Julie! - Natty se despede, e vou quase correndo para as portas do fundo. Estou louca para cair na minha cama.

Abro as portas, e logo a frente tem um carro estacionado, com um cara encostado e encolhido. Parece que ele está passando mal.

_ Oi? - ando cautelosamente até o homem - Você precisa de ajuda? - fico em frente dele, e quando vou me abaixar para vê-lo, rapidamente ele levanta; ou tenta levantar, pois antes de ficar de pé, ele cambaleia para trás.

Por reflexo, eu seguro em seu braço, ou ao contrário, ele cairia.

_ Sai! - Ele se debate do meu aperto em seu braço, encara meu rosto, e só então vejo ser ele.

Sua voz é séria, mas rouca e baixa, o que o deixa apenas mais sério.

_ Ei, você 'tá passando mal! - passo meu braço pela sua cintura, ajudando-o a se sustentar - Não vou simplesmente te deixar largado aqui - falo olhando em seus olhos, que agora percebo estar mais escuro que o normal, e com um fundo mais avermelhado.

Merda, ele realmente está drogado? Ok Julie, respira!

Eu nunca gostei dessas coisas ilícitas, acho que as pessoas são desnecessariamente viciadas nisso.

Mas ok, vamos pensar...

Hospital não sei se posso levar, vai que acontece alguma coisa com ele, se ligam para a polícia ou sei lá, mas e se talv...

Ouço um resmungo do meu lado, e o vejo tentar tirar minha mão da sua cintura, que só agora percebo estar o apertando com uma certa força.

Sinto minhas bochechas corarem; ainda bem que está de noite. Coço minha garganta para disfarçar minha vergonha, e decido perguntar alguma coisa.

_ Onde é sua casa? Se for perto eu posso te deixar lá - ele fica calado - Você está de carro aqui, pelo menos? - continua quieto. Já estou ficando estressada - Se você me respondesse iria me ajudar e te ajudar!

_ Eu não pedi sua ajuda - mas que filho da puta!

Minha razão diz para deixá-lo aqui, e ir descansar, na minha caminha quentinha; mas minha emoção fala mais alto, de querer ajudá-lo.

Bufo já irritada por não saber o que fazer.

_ Já que eu não consigo fazer nada por você, eu vou te levar para o hospit...

_ NÃO - ele eleva a voz, saindo grosseiramente e rapidamente do meu aperto, e sai andando na minha frente. Olho meu relógio de pulso, e marca 4h20 da manhã.

_ Mas lá eles vão poder te ajudar, cuidar de você - ele vira em minha direção, parecendo ter fogo nos olhos.

_ Eu não quero ajuda deles, muito menos a de uma vadia que nem você - ele fala vindo em minha direção. Sinto meus músculos perderem um pouco de força, e meus olhos ameaçarem se marejar. - Não sei que merda você está tentando fazer, ficando perto de mim, mas só se afasta. - sinto seus olhos, que estão em mim, vacilarem e baixarem em direção aos meus lábios.

Nesse momento ele já está bem próximo a mim, que estou encurralada na parede; consigo até sentir seu bafo de álcool.

_ Só fica longe - ele fala baixo, e em seguida sai da minha frente tão rápido quanto veio em minha direção.

Procuro o ar mais rápido que consigo, ficando até um pouco ofegante.

Que merda esse garoto tem na cabeça? Só queria ajudá-lo e ele vem com essa grosseria, idiota.

Da próxima vez eu deixo ele morrer nessa calçada, mas não ajudo.

Agora finalmente vou para minha casa e tentar dar uma descansada antes da faculdade, o dia hoje já foi muito exaustivo.

Agora finalmente vou para minha casa e tentar dar uma descansada antes da faculdade, o dia hoje já foi muito exaustivo

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Os Misteriosos Olhos AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora