JULIE
3h da manhã.
São 3h da manhã, eu acordei faz um tempo e não consigo voltar a dormir.
Agora eu não sei se acordo Thomas para tirar esse nó na minha garganta, ou se espero para conversar pela manhã.
Como estou deitada no peitoral de Thomas, com seu braço enlaçando minha cintura, eu decido não levantar da cama, e fico quentinha em seus braços.
_ Já acordou? - me assusto ao ouvir seu voz extremamente rouca repentinamente, me fazendo parar de desenhar círculos imaginários em sua barriga.
Levanto minha cabeça em sua direção, e dou um leve sorriso sem mostrar os dentes.
_ O foi, ruiva? Você está bem? - ele me analisa e logo pergunta, com uma expressão de preocupado.
_ É que... - eu mesma me interrompo, me sento na cama com pernas de índio, e fico olhando para o moreno - Quando eu disse que seria melhor não acontecer, eu quis dizer isso, Thomas - o moreno enruga a testa.
_ Como assim? - ele pergunta genuinamente confuso, enquanto eu coço a garganta.
_ Isso - aponto para nós - Essa troca de carinho, ligar nossa conexão novamente - fungo o nariz, e ficamos no silêncio do quarto, que mais me amedronta, do que me acalma.
_ Você vai acabar se mudando, não vai? - Thomas pergunta de repente, me fazendo desviar o olhar que estava conectado nos seus olhos azuis - Então porque você veio aqui? - ele pergunta com um ponto de indignação na voz.
_ Justamente para te contar! - eu fico na defensiva - Eu queria conversar com você, mas chegando aqui meu plano não deu certo - falo a última parte mais baixo, enquanto sinto minhas bochechas corarem.
Ouço Thomas suspirar, e em um movimento meio brusco, sinto ele me puxar para seus braços, me deixando deitada em seu colo, enquanto faz cafuné em meu cabelo.
_ Tudo bem, ruiva - o moreno diz baixinho.
_ Como assim? - eu pergunto, bocejando.
Fecho os olhos, pois seu carinho em meu cabelo, está muito bom, fazendo eu ficar sonolenta.
_ Eu não vou ser burro dessa vez - ele deixa a frase morrer no ar, me deixando confusa.
Como o sono vai me consumindo, não encontro forças para poder retruca-lo.
_ Vamos apenas aproveitar nossos momentos. Não vou te largar novamente, Julie - isso é a última coisa que ouço ele falar, e em seguida sinto um beijo no topo da minha cabeça, ficando tudo escuro e calmo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Os Misteriosos Olhos Azuis
Ficção Adolescente• Os Misteriosos Olhos Azuis • Esse é o primeiro ano de Julie Ortiz em sua faculdade tão sonhada, cursando moda. A menina ruiva de 19 anos, sempre sonhou em ser o rosto de famosas marcas ou até modelar. Julie conhece um menino misterioso na faculdad...