• capitulo 17 •

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THOMAS

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THOMAS

Encostado relaxadamente na parede, vejo no meio da multidão Julie passar com Andrew ao seu lado, com a mão repousada em sua cintura.

Quando a ruiva finalmente percebe meu olhar nela, rapidamente ela se livra das mãos nojentas de Andrew e sai dali apenas  seguindo. Eu me permito sorrir de lado, quando ela tira as mãos dele do seu corpo escultural.

Ao esvaziar meu copo, saio em direção a cozinha, para pegar mais alguma coisa para beber.

Ao abrir a porta do cômodo, vejo Andrew cambaleando para trás, e  Julie aparenta estar fragilizada.

_ 'Tá tudo bem aqui? - pergunto olhando diretamente para a ruiva, já que queria saber se ela está bem.

_ Sim - Julie responde, e coça seus olhos, escondendo seus olhos levemente marejadas.

Quando escuto Andrew dizer que ele estava ali apenas por uma aposta com seus amigos, meu ódio por ele subiu a cabeça, não tendo como impedir minha vontade de socá-lo; e foi isso que eu fiz.

Mas a ruiva tinha que se intrometer como sempre. Ela me puxou enquanto Andrew saia do cômodo.

Ver-la chorando causou um incômodo em meu peito, me deixando intacto por alguns segundos, mas quando saio do transe, imediatamente a chamo para ir embora.

Ela nega, mas eu não ligo, apenas saio da casa com ela me acompanhando.

Vamos passando, e Julie sendo tão inocente nem percebe os olhares de praticamente todos os caras no decote de seu vestido.

_ Porque você veio com esse vestido? - eu pergunto assim que chegamos na frente de meu carro.

_ Porque? Estou feia? - pergunta com descontentamento na voz.

_ Não - suavizo a voz - É que todo mundo fica olhando para o seu decote.

_ Mas não tem nada demais! - a ruiva exclama, e dou risada interna, ela realmente não sabe quanto atenção ela chama com sua beleza.

_ Isso é o que você acha - falo baixo, finalmente adentrando o carro.

Vamos em partida a casa da ruiva, um condomínio simples e muito bonito, mas ela estava sem a chave de sua casa, e obviamente não a deixaria sozinha nessas horas na rua.

Quando eu digo que estou a levando para minha casa, Julie fica nervosa e sem nem perceber, fica batucando os dedos em seu joelho, como se fosse reflexo de sua ansiedade.

A vejo abraçando seu próprio corpo, então tirou minha jaqueta, e a entrego.

Julie nega, mas visivelmente ela está morrendo de frio, então a forço a aceitar, então ela  pega e rapidamente veste.

Julie se aconchega no banco, e ao ver que ela já está confortável, foco a minha atenção na estrada.

Fico imerso aos meus pensamentos, como por exemplo; o porquê de estar me importando tanto com essa ruiva.

A única mulher nessa vida que já pensei em proteger e me importar era Bea, minha Beatrice, mas mesmo assim eu falhei.

Eu falhei na única coisa que prometi pela primeira vez que a vi:

"Eu prometo sempre te proteger, minha princesa - me permito voltar a sorrir, enquanto vejo minha pequena dormir tranquilamente, e faço carinho em seus cabelos, que assim como os meus, são grandes e negros fios."

Olho para a lua brilhando no céu pela janela do carro, e sorrio ladino, enquanto uma lágrima solitária escorre minha bochecha.

Olho para a lua brilhando no céu pela janela do carro, e sorrio ladino, enquanto uma lágrima solitária escorre minha bochecha

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• primeiro pov do Thomas :)

Os Misteriosos Olhos AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora