JULIE
Acordo com um barulho na porta, e fico com receio de ir ver.
Saindo do parque, não sabia onde Thomas estava e ele também precisava de um tempo, então nem o procurei e passei o resto do dia com a Mica.
Agora de madrugada, acordo com um barulho estranho na porta. Me levanto devagar da cama e vou andando até a porta cautelosamente.
Olho pelo olho mágico, mas está tudo escuro no corredor, me permitindo a ver nada.
Quando eu vou me distanciando da porta, para não fazer barulho e acharem que não tem ninguém em casa, até que ouço me chamarem do outro lado.
_ Ruiva - ouço uma voz arrastada e rapidamente reconheço.
Corro de volta até a porta, destrancando-a e vendo Thomas quase caindo no batente, logo ele se levanta e entra.
Vejo ele cambaleando até o sofá, e já sei que ele está bêbado. Quando ele se senta, eu vou até sua frente e encaro seus olhos, a procura de alguma pupila dilatada ou algum olho avermelhado.
_ Você se drogou? - pergunto séria, e ele devolve com um olhar debochado - Fala sério Thomas, você sabe que eu não gosto dessas coisas.
_ Não ruiva, eu não usei nada - ergo uma sobrancelha - Eu ia usar - ele joga a cabeça para trás no sofá - Mas lembrei de você e vim para cá sem usar nada, eu sei que você não gosta, Julie - ele fala e logo depois bufa, e me permito dá um leve sorriso.
_ Onde você estava? - me sento ao seu lado, enquanto ele está de olhos fechados e com a cabeça jogada para trás.
_ Não te interessa - ele diz sem jeito e arrastado, por estar bêbado.
_ Beleza - digo simples, sem paciência para brigar com um bêbado, levanto e vou ao meu quarto. Fecho a porta, e volto para a cama, ele que se vire na sala.
Depois de um tempo, quase pegando no sono, ouço a porta ser aberta; meio zonza de sono, eu me sento, olhando para Thomas, que fica parado no batente.
_ Foi mal - ele sussurra e se senta na ponta da cama - Não devia ter falado daquele jeito com você - o moreno se joga no colchão, enquanto eu fico apenas ao seu lado, observando-o - Eu sou um fodido mesmo - ele coloca as mãos no rosto.
_ Também não fala assim, Thomas - digo.
Ele abre os olhos e vira a cabeça em minha direção, se senta na cama mais para trás, e em seguida o moreno me puxa, e me deixa sentada em seu colo, com suas mãos pousadas em minha bunda.
_ Porque não? Eu sou mesmo - Thomas abre um leve sorriso, e dá de ombros - Você viu as coisas hoje a tarde, sabe sobre a merda que eu fiz com a Be...
_ Você não fez nada! - segura seu rosto entre minhas mãos - Thomas, o que aconteceu com a Bea, não foi culpa sua, e sim do cara que atropelou. E hoje de tarde - coço a cabeça - Se seus pais não te valorizam, problema deles que estão perdendo um filho maravilhoso - abro um sorriso para acalmá-lo.
_ Julie... - ele diz baixo, e acaricia minha bochecha. Calmamente, puxa meu rosto para perto, e deposita um selinho em meus lábios.
_ Eu gosto de você, Thomas; não quero te ver mal, nem se culpando assim - digo soprando contra seu rosto, pela proximidade dos nossos rostos.
Quando eu percebo que disse "eu gosto de voce", minhas bochechas esquentam, e escondo meu rosto no vão no seu pescoço, escutando seu riso.
_ Ruiva - ele volta a arrastar a voz e dá risada - Você fica fofa com vergonha - Thomas tira meu rosto de seu pescoço, e me puxa para um beijo.
Ficamos mais um pouco conversando, comigo em seu colo e trocando beijos, mas logo nos arrumamos na cama, e dormimos abraçados.
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Os Misteriosos Olhos Azuis
Ficção Adolescente• Os Misteriosos Olhos Azuis • Esse é o primeiro ano de Julie Ortiz em sua faculdade tão sonhada, cursando moda. A menina ruiva de 19 anos, sempre sonhou em ser o rosto de famosas marcas ou até modelar. Julie conhece um menino misterioso na faculdad...