⊱⋅ Capítulo Vinte ⋅⊰

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“A vida é feita de esperanças
E motivos pra sonhar e conquistar
De motivos pra sorrir e chorar
Pra perder e pra ganhar
O que seria de um vencedor
Sem suas guerras pra lutar, lutar, lutar”
(Quem Nunca, Kemilly Santos)

“A vida é feita de esperançasE motivos pra sonhar e conquistarDe motivos pra sorrir e chorarPra perder e pra ganharO que seria de um vencedorSem suas guerras pra lutar, lutar, lutar”(Quem Nunca, Kemilly Santos)

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Doutora Ísis e eu andamos de volta à praça de alimentação. Ela me dava apoio ao manter um braço ao redor das minhas costas.

— Está melhor? — perguntou.

— Estou, sim. — Assenti, ainda secando as lágrimas do rosto. — Obrigada, doutora Ísis.

— De nada, querida. Se precisar de algo, estou por aqui.

Como minha mente não estava mais focalizada na dor, a curiosidade surgiu:

— Só uma coisa... como a senhora sabe que sou cristã?

Ela sorriu.

— Uma filha de Deus reconhece outra — respondeu, piscando. — A presença do Senhor em você se tornou nítida para mim assim que chegou no hospital.

Eu sorri, um pouco emocionada.

— Veja se Solange comeu, por favor, e me dê um sinal — pediu ela.

Assenti e andei até as mesas que abrigavam meus pais e irmão, os pais e o avô de Tom.

Olhei para a mesa onde estava dona Solange. A bandeja que abrigava a refeição dela estava vazia, a não ser pelas louças. Ergui um polegar para a doutora Ísis, que permanecia às portas da praça de alimentação. Ela assentiu, sorrindo, e foi embora.

— Com quem você está falando, Tai? — perguntou Gael.

Olhei para meu irmão, que estava no colo da minha mãe.

— Com a doutora Ísis — respondi.

Levei meus olhos ao homem mais velho, que não estava ali antes. Ele estava com os olhos fechados.

Cutuquei seu ombro. Coloquei um sorriso no rosto quando ele abriu os olhos escuros.

— Taíse — falou, lembrando-se do meu nome. — Você é um colírio para os meus olhos em meio à essa situação. — Ele sorriu de volta, cansado.

— Oi, seu Demétrius — cumprimentei, sem saber exatamente o que falar. — Bom ver o senhor também.

— Como tem passado, filha? — perguntou. — Fora hoje, claro.

A angústia presente em seus olhos fez meu peito apertar.

— Acho que bem — respondi, e me voltei a seu Ricardo. — O senhor falou com os tios do Tom?

— Falei — respondeu, apenas.

Eu não sabia mais o que dizer. Meu pai, então, puxou assunto:

— Quantos filhos tem, Demétrius?

O Escritor da História • Livro 01 | Duologia "O Escritor"Onde histórias criam vida. Descubra agora