⊱⋅ Capítulo Quatro ⋅⊰

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“Ser fiel é a essência do Teu ser
Que não muda e não volta atrás
Promete e cumpre, não pode mentir
Mesmo se eu falho ou se sou infiel”
(Ser Fiel, Ministério Zoe).

“Ser fiel é a essência do Teu serQue não muda e não volta atrásPromete e cumpre, não pode mentirMesmo se eu falho ou se sou infiel”(Ser Fiel, Ministério Zoe)

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27 de março de 2020. Sexta-feira.

Luciane aparecera somente no dia anterior, por volta das cinco horas da tarde, pois queria pegar alguns pertences que deixara no quarto do meu pai.

Ela não comentou nada sobre sua última visita. Acreditei que talvez nem tivesse prestado atenção ao que me causara. Eu já usava os óculos novamente, e meu lábio inferior havia cicatrizado.

Também não comentei nada, apenas deixei ela pegar suas coisas e ir embora.

Eram seis e quinze quando saí do quarto na manhã de sexta-feira. Fui passar café na cozinha. Ministério Zoe, minha banda favorita, estava tocando baixo em meu celular.

Lembrei-me rapidamente do dia em que eu passara café para o café da tarde, na casa de Taíse. Ela deixou bem claro que eu não era tão bom cozinheiro, mas sabia passar um café que não parecesse chá.

Sorri com meu pensamento.

Faltando vinte minutos para as sete horas, meu pai saiu do próprio quarto.

— Bom dia, pai. Sua benção — tentei.

Ele não respondeu.

Após pegar uma xícara de dentro do armário — que fora comprada recentemente —, meu pai serviu um pouco de café para si, e se encostou na bancada do mesmo.

Ele vestia o uniforme azul marinho do trabalho, tendo os cabelos grisalhos desgrenhados sobre a cabeça. Tomou o café em silêncio até dizer:

— Pode desligar essa música? Estou com dor de cabeça.

Eu peguei o celular em cima da prateleira ao lado do fogão, desligando o hino Ser Fiel.

Voltei-me ao ovo que fritava, até ser interrompido. Meu pai resmungou ao ouvir o som do piano vindo do meu celular, anunciando uma ligação.

Atendi, internamente contente ao ver quem era.

— Bom dia, mãe. Sua benção — falei.

Percebi uma certa movimentação por parte do meu pai, mas não fiquei observando.

— Bom dia, amor! Deus abençoe — respondeu minha mãe. — Que bom que já acordou. Está podendo falar?

— Posso, sim. De que precisa?

— Só quero te convidar para o aniversário do Pietro. Pedro e eu estávamos indecisos se íamos mesmo fazer, mas o Senhor foi bom e nos abençoou com os recursos.

A vida espiritual da minha mãe mudara após o divórcio. Ela ainda falava do Senhor, mas não se dedicava a Ele como antes. Isso me entristecia, pois fora ela quem me ensinara o verdadeiro caminho.

O Escritor da História • Livro 01 | Duologia "O Escritor"Onde histórias criam vida. Descubra agora