“Porque eu sou apenas um ninguém
Tentando dizer a todos
Tudo sobre Alguém
Que salvou minha alma”
(Nobody, Casting Crows)01 de julho de 2020. Quarta-feira.
Eu estava no São Marcos. Dona Solange havia acabado de chegar da casa de repouso, e Gregory de sair do quarto de Tom junto de seu Demas, onde estava seu Ricardo. Na sala de espera, seu Demétrius passou a conversar com o segundo filho enquanto tios Charles e Silas saíram para visitar meu melhor amigo também.
Gregory disse que não gostava muito do ambiente hospitalar, por isso me chamou para sairmos e andarmos pelo bairro. Por eu ter mencionado a praça que havia ali perto, decidimos ir até lá.
Por mais que no domingo eu tivesse estranhado um pouco o jeito do primo de Tom, passei a gostar dele. Como fui ao hospital na segunda e na terça — onde o encontrei —, havíamos conversado um pouco.
Ele me pareceu muito abatido depois de ver Tom, o que me deixou triste também.
— Ele está horrível com aquele cabelo — comentou. — As pessoas daqui não podem cortar, não?
Senti um pequeno ímpeto de defender meu melhor amigo, mas ao percebê-lo, fechei a boca.
— E cadê o óculos dele? — perguntou Greg.
— Se perdeu. Ele não precisa estando em coma.
— É impressão minha ou você foi grossa? — Ele me observou.
Cruzei os braços enquanto me sentava num banco da praça.
— Desculpe — pedi, sentindo meu rosto aquecer.
Eu fiquei irritada? O que está acontecendo comigo?
— Tranquilo. — Gregory se jogou no banco, sentando-se ao meu lado. O preto das roupas dele contrastavam com o laranja e as flores do meu vestido. — Sabe de uma coisa sobre o Thomas?
— O quê?
— Ele começou a gostar de jogar xadrez com uns... nove anos — comentou, e eu sorri. — Eu aprendi a jogar porque meu primo mais novo gostava. E sei até hoje — enfatizou, com o dedo indicador da mão direta levantado. — Isso é esquisito.
— Eu acho legal — falei.
Ele apertou os olhos para mim.
— O que ele faz na igreja, mesmo? — mudou de assunto.
— Toca teclado.
Gregory fez uma expressão como se tivesse se lembrado do que eu disse.
— Ah, é mesmo. Está vendo? Tudo o que o cara faz parece ser intelectual — falou.
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O Escritor da História • Livro 01 | Duologia "O Escritor"
Roman d'amour"Eu acredito que as promessas que Ele faz, Ele cumpre. Acredito que, mesmo que o Senhor me permita sofrer ainda mais, mesmo se esmagar e quebrar o meu coração, ainda assim estará lá para juntar os meus pedaços. Ainda que demore, acredito que um dia...