cinco

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CLARY

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CLARY

O tempo é o melhor remédio. Eu achei que não poderia sobreviver com a notícia do casamento de Bennett, e por mais que ainda doa em um nível catastrófico, sinto que posso voltar a respirar à medida que os dias passam. Ainda sinto vontade de ficar na cama sempre que acordo, e às vezes choro quando me pego imaginando como seria a sensação de ser amada pelo meu melhor amigo, mas só pelo fato de encontrar forças para continuar tentando superar, eu me sinto corajosa. 

Penso na conversa que tive com Dean. Há tantos homens nessa cidade… talvez eu só tenha colocado na minha cabeça que não dá para ser feliz a não ser com Bennett, e isso não é verdade. Acho que estou tratando isso como se fosse um enterro, como se Bennett fosse desaparecer da minha vida em um piscar de olhos. Ele ainda será o meu amigo, e mesmo que eu deseje mais, não vou perdê-lo completamente. 

Chegou a hora de dar uma chance para mim mesma. Tenho vinte e quatro anos, sou muito jovem, ainda tenho tempo. Eu posso sair um pouco, me divertir, beijar algumas bocas e conhecer um cara legal. Eu posso me entregar, me apaixonar, e quem sabe… amar. Não deve ser tão impossível quanto parece. 

Não estou dizendo que esquecer Bennett será fácil — longe disso. Esse amor vem sendo nutrido há anos, e eu não posso simplesmente passar uma borracha em cima dele, mas sinto que não estou tentando o suficiente. Me mantenho esperançosa, mesmo que isso seja uma atitude horrível. Eu não posso esperar por ele para sempre, e enquanto ele está vivendo a vida dele feliz e satisfeito, eu estou aqui desperdiçando a minha. Por mais que eu odeie admitir, Bennett encontrou o amor da sua vida, e essa pessoa não sou eu. Não vou me contentar com migalhas; eu mereço amar e ser amada, e infelizmente ele não pode me dar isso, pois seu coração pertence a outra pessoa. 

— Ei, chefe — uma das minhas funcionárias aparece na porta da cozinha. — Tem alguém lá fora querendo falar com você. 

Ela desaparece antes que eu possa perguntar de quem se trata. Tiro o avental, a touca do cabelo e lavo as mãos antes de atender o chamado, deixando a cozinha sob o controle dos meus ajudantes. 

Em falar no diabo… 

Eu não esperava encontrar Bennett ali parado, com seu habitual terno cortado sob medida, sem o paletó. 

Merda. 

Eu digo que vou superar, mas sempre quando o vejo, meu coração palpita. Sou mesmo uma idiota. 

Ele levanta a cabeça e acena quando me vê, com um sorriso no rosto. Solto um suspiro, assumo o meu sorriso mais teatral e me aproximo da mesa onde ele está sentado. Bennett se levanta para beijar o meu rosto e me abraçar. Por favor, não chegue tão perto… 

— Como você está? — pergunta ele, depois que me sento à sua frente. 

— Ótima — minto. — E você? 

DEAN • COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora