trinta e quatro

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DEAN

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DEAN

— Suas músicas são realmente muito boas — assegura George. — Mas inseri-las no mercado musical requer um pouco de tempo. A maioria dos artistas já tem compositores fixos, e é um pouco difícil convencê-los a mudar, mas estou tentando. Suas músicas são incríveis — reforça, como se quisesse me fazer acreditar. — Mas vou precisar de mais tempo para vendê-las. 

Não consigo disfarçar a minha decepção. Eu realmente achei que isso daria certo, mas a vida encontrou uma maneira de me dar mais uma rasteira. Não dói mais. Estou anestesiado. 

— Tudo bem, George. Obrigado por tentar. 

Mas — enfatiza, com um brilho satisfeito surgindo em seus olhos azuis vívidos —, conheço uma cantora que estava precisando de uma música para fechar seu novo álbum, e ela ficou muito interessada em "Best Mistake". 

Parece que ainda tenho uma chance. 

Escrevi "Best Mistake" quando ainda era um adolescente, então me surpreende que, seja lá quem for essa cantora, a considere boa o suficiente para fazer parte de um álbum. 

— Quem? 

— Felicity Smith. 

Não é tão ruim. Conheço Felicity. Quer dizer… conheço o trabalho dela. Não é uma artista de nível global, mas ela é muito popular aqui na Inglaterra. O estilo dela é bem diferente do meu — a garota canta pop, e eu sou mais familiarizado com o rock —, o que significa que a melodia da música passará por várias modificações. Isso não me agrada muito, mas não tenho muita escolha. 

— Ela está mesmo interessada ou é apenas uma possibilidade em um milhão? — inquiro. 

George abre um sorriso. 

— Cara, ela quer a música. Ela quer de verdade. Agora só depende de você — ele empurra uma espécie de contrato na minha direção. — Assine esse papel e você vai se tornar um compositor oficial, além de receber pelos direitos autorais da música e tudo o que tem direito. 

Suspiro. 

— Se eu assinar esse papel, vou precisar de um adiantamento — exijo. 

Ele me olha um pouco desconfiado. 

— Você sabe que não funciona desse jeito, Dean. 

— Que se dane, George. Eu preciso da merda do dinheiro; é por isso que estou vendendo essas músicas. 

Ele se recosta na cadeira, pensativo. 

— Muito bem. Eu não deveria fazer isso, mas… sorte a sua que tenho muita consideração por você, e acredito que suas músicas vão nos render muito dinheiro futuramente — George saca uma caneta do bolso externo do paletó e um talão de cheques. Ele rabisca alguma coisa no papel e depois empurra para mim. — O que me diz disso? 

DEAN • COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora