trinta e dois

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CLARY

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CLARY

Eu nunca fui o tipo de pessoa que aceita a derrota facilmente. A vida pode ser dura às vezes, mas nada valeria a pena sem a chance de lutar. E é isso que estou tentando fazer desde que a minha vida virou de cabeça para baixo: lutar, persistir, ser forte. Não posso dizer que tem sido fácil acordar todos os dias e tentar ver o lado bom das coisas, mas se tem uma coisa que os últimos meses me ensinaram é que eu sou mais forte do que aparento ser, e que apesar de parecer uma princesa da Disney com cachos rebeldes e ruivos, não preciso que nenhum príncipe encantado me salve da torre do dragão. Se eu quero alguma coisa, corro atrás, e se eu lutar o suficiente, vou conseguir. Esse tem sido o meu mantra. 

É por isso que estou na confeitaria nesse momento, removendo os escombros para ver o que dá para salvar do antigo estabelecimento e enfim recomeçar do zero. Não estou fazendo isso sozinha: Bennett e Roxie, meus fiéis amigos, estão aqui comigo, e até os meus pais apareceram para ajudar. Todos os meus funcionários se puseram à disposição, e fico mais do que grata por receber o apoio das pessoas boas que me cercam. Esse lugar não se trata só de mim: a confeitaria gera empregos e renda para várias pessoas, e eu preciso lutar por elas também. 

Não posso dizer que deu para salvar muita coisa. Tudo que é de vidro foi arruinado, mas pelo menos a máquina de café, apesar de um pouco amassada, permanece firme e forte. A conta dos gastos continua aumentando mais e mais, e fico aliviada por saber que nada disso vai sair do meu bolso. 

— Malditos delinquentes — resmunga Roxie, com uma expressão assassina, enquanto afasta do caminho alguns cacos de porcelana do caminho. — Você devia ter mantido a queixa, sabe? — Ela tem defendido esse ponto de vista há vários dias. — Esses merdinhas deveriam estar atrás das grades pelo o que fizeram com você. 

Suspiro. 

— Não quero que isso se prolongue ainda mais — justifico, com um ar cansado. — Eu só quero que a confeitaria fique inteira novamente e que eu possa voltar a trabalhar o quanto antes. 

Ela resmunga, ainda teimosa, mas se afasta para tentar limpar uma parte da bagunça. Não vai ser fácil, e provavelmente vamos levar o dia todo aqui, mas precisamos começar de alguma forma, certo? 

— Tudo bem? 

Eu me viro depois de sentir o toque do meu pai em meu ombro. Tento um sorriso. 

— Vai ficar — digo, tentando soar otimista. 

— Não se preocupe, meu amor. Estamos aqui para ajudar. 

— O senhor não deveria estar aqui — olho para a minha mãe por cima do ombro, que está esfregando uma das pichações nas paredes. — Nem a mamãe — acrescento, voltando a minha atenção para ele. — Vocês deveriam estar em casa descansando, não se preocupando com tudo isso — abro os braços, indicando o caos dentro da confeitaria. 

DEAN • COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora