trinta e um

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CLARY

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CLARY

— Como anda a investigação da polícia? — pergunta Bennett, me entregando uma xícara de café. 

— Na mesma — respondo, desanimada. — Eles estão tentando encontrar algum detalhe nas filmagens que possa dar a indicação de pelo menos um dos bandidos, mas é difícil. 

— Essas coisas levam tempo — comenta ele, em um tom otimista. — Tenho certeza que eles vão encontrar algo. 

— É… 

— Ei, não fica assim — ele toca o meu braço carinhosamente. — A gente vai dar um jeito. 

Queria mesmo acreditar nisso. 

— Não sei o que fazer — admito. — A confeitaria está aos pedaços, você mesmo viu. Não tenho dinheiro para uma reforma tão grande. 

— Mas você tem a mim — retruca. 

— Não posso aceitar o seu dinheiro, Bennett. 

Ele me lança um olhar feio. 

— Nem começa com esse papo — dispensa com um gesto de mão. — Você é mais do que minha amiga, Clary: é da família. Meus pais lhe tratam como se fosse uma filha. E sabe o que a família faz? Ajuda um ao outro. Então sim, eu vou te ajudar no que for preciso e no que eu puder ajudar. 

Suas palavras tão determinadas me emocionam. Apesar de tudo, sei que posso contar com a ajuda e apoio de Bennett sempre que eu precisar. Sempre tivemos essa conexão forte, e não estou falando do sentimento romântico que eu tinha por ele em algum momento das nossas vidas, mas sim do apoio e companheirismo que sempre foi o ponto forte da nossa amizade. 

— Obrigada — sussurro. 

Os olhos dele me avaliam com mais cuidado, e tento esconder as minhas emoções olhando para a xícara. 

— Por que tenho a impressão de que essa carinha triste não é só por causa da confeitaria? — inquire ele, ainda me observando. 

— Impressão sua — murmuro. 

— Diz a verdade pra mim. O que está acontecendo? 

Eu me sinto entupida como um balão de gás, desesperada para poder expelir tudo o que está entalado dentro de mim, então eu acabo contando toda a verdade para Bennett; a relação difícil do Dean com o pai, a encrenca que Michael envolveu o próprio filho, as suspeitas dele sobre quem pode ter sido os responsáveis pelo vandalismo na confeitaria… tudo. 

Bennett escuta o meu desabafo em silêncio. Vejo sua expressão ir de surpresa para incrédula, depois se encher de compaixão e cautela. Não é uma história muito fácil de ser ouvida. 

— Você precisa entender o lado dele. 

Olho para Bennett, surpresa. 

— Espera, você está defendendo o Dean? — Estou irritada por ele não ficar do meu lado. — Pensei que eu fosse a sua melhor amiga. 

DEAN • COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora