treze

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CLARY

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CLARY

Saio da escuridão quando percebo a aproximação de Dean com sua Harley. Ele para a poucos metros de onde combinamos e olha para os lados, procurando por mim, mas não me aproximo imediatamente porque estou ocupada demais admirando sua beleza inquestionável: o cara está usando um jeans comum, camisa preta com uma estampa do Led Zeppelin, aquela jaqueta de couro habitual, e touca na cabeça. Eu já vi muitos caras bonitos — essa cidade está cheia deles —, mas Dean tem algo que faz a palavra "belo" ser insignificante para defini-lo. Talvez seja a sua energia. Minha mãe costuma dizer que a energia das pessoas, quando boa, as deixam muito mais atraentes. Eu achava todo esse papo uma besteira, mas estou começando a acreditar agora. 

Ah, que ótimo. Acabei de sair de um encontro — mesmo que tenha sido desastroso — e estou aqui babando na aparência de outro homem. Eu devo ser uma pessoa horrível mesmo. 

Aproximo-me dele, e seus olhos encontram os meus quase imediatamente. Ele aperta os lábios como uma forma de conforto e eu abro um sorriso de quem pede desculpas, encolhendo os ombros. 

— Você está bem? — pergunta ele, com uma nítida preocupação no tom de voz. 

Eu monto na garupa da moto e passo os braços ao redor do pescoço dele. 

— Só vamos embora — peço como uma súplica. 

A preocupação em seus olhos aumenta quando ele me lança um olhar por cima do ombro. 

— O que aconteceu? — insiste. 

— Eu explico depois — bufo. — Vamos embora — dou alguns tapinhas no ombro dele para incentivá-lo a dar a partida, e é isso que ele faz. 

A noite está muito fria, o que não é nenhuma novidade, e o ar congelante corta o meu rosto e faz os meus lábios adormecerem. Abraço Dean um pouco mais forte em busca de calor, e esfrego a ponta do nariz na gola da sua jaqueta, inalando o seu cheiro suave de loção de banho e perfume amadeirado. Ele cobre o meu joelho com uma mão por alguns instantes e eu me sinto um pouco melhor. É reconfortante estar na presença de alguém que te passa algum tipo de segurança, e é estranho que Dean seja essa pessoa, a julgar pelo fato de que nos conhecemos há tão pouco tempo. Parece que tivemos uma conexão imediata, e talvez seja por isso que eu tenha a sensação de que somos amigos há anos. 

Sinto que não estamos indo para nenhum lugar em particular. Estamos apenas dando voltas e voltas pela cidade, passando pelos pontos mais famosos de Londres como o Big Ben, a London Eye e a Tower Bridge. A cidade está toda iluminada, criando um espetáculo de cores diferentes que tornam a noite ainda mais atrativa. Eu poderia passar horas em cima dessa moto — se não estivesse tão frio —, apenas desfrutando dessa vista incrível que nos cerca e a companhia de Dean. 

Não vamos muito longe. Ele para às margens da calçada de uma rua estreita e tranquila, sem muito movimento. Dou uma olhada para os lados, um tanto confusa. O que estamos fazendo aqui? 

DEAN • COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora