Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ Vɪɴᴛᴇ ᴇ Dᴏɪs

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Sydney — Austrália[Primavera de 2021]• JIMIN

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Sydney — Austrália
[Primavera de 2021]
• JIMIN

Sentia o meu estômago revirar com as possibilidades. Minha cabeça estava bem confusa, apesar de estar raciocinando muito bem. No entanto, sentia-me preso em uma montanha-russa sem freio, que me jogava de um lado para o outro, oscilando meus sentimentos com seus picos e quedas.

Dizer aquilo em voz alta a ele, fora como uma descida brusca, apesar de esperada, como se eu atravessasse o chão e o mesmo fosse de areia movediça; virou-me do avesso, quis me engolir.

Era difícil demais relembrar daqueles momentos dos quais revivi durante anos e anos em minhas madrugadas nada pacíficas, mas sabia que contar a Jungkook cada detalhe era importante.

Vê-lo parado de pé naquela sala de espera, encarando-me com seus olhos grandes e apreensivos, só foi mais uma confirmação do universo de que precisávamos resolver nossas diferenças e nos juntar para dar um fim naquele suplício.

Eu pude sentir sua ansiedade através de seus olhares, trejeitos, falas curtas e suspiros; ele queria aquela conversa também, e eu jamais poderia negar-lhe tal desejo, já que o mesmo era mútuo.

Jungkook e eu podíamos ter muitas diferenças, podíamos ser como chá gelado e café expresso, mas precisávamos um do outro e isso não era mais discutível.

Dona Jude havia me deixado ciente de que uma hora ou outra eu teria de ceder, e claro, fora uma surpresa ver que ele também estava disposto a isso, na verdade, fora um alívio.

E cá estávamos, sentados juntos em uma cafeteria qualquer do centro, tão próximos que conseguíamos até sentir nossas respirações agitadas, batendo contra o rosto um do outro; e ainda de mãos dadas.

Desviei meus olhos úmidos de sua feição preocupada, para nossas mãos entrelaçadas, admirando aquele toque tão estranho e familiar, atentando-me sem querer ao fato de que nossos dedos, encaixavam-se perfeitamente bem juntos.

Era bizarro o quão bom era senti-lo tão perto, tão solícito e afetuoso; talvez fossem resquícios daquele sentimento que tínhamos na outra vida vindo à tona, ou fosse só coisa da minha cabeça, mas era impossível dizer que estava alheio às sensações que sua presença e proximidade despertavam em meu corpo e íntimo.

Os arrepios, o aumento na temperatura e nos batimentos cardíacos, a respiração descompassada; até mesmo o frio na barriga e o desejo desesperado de mantê-lo exatamente onde estava. Tudo isso era muito difícil de lidar, principalmente para uma pessoa orgulhosa como eu, que amava sempre se manter no controle da situação. Ter que abrir mão disso era uma tortura, mas ao olhar naqueles olhos escuros, que lembravam-me de momentos jamais vividos por mim; sentia que estava sendo recompensado pelo universo de alguma forma.

Ah, ele é tão bonito...

Pela deusa... Esse homem ainda vai acabar me enlouquecendo...

𝑳𝒐𝒖𝒅𝒆𝒓 𝑻𝒉𝒂𝒏 𝑩𝒐𝒎𝒃𝒔 / 𝑱𝒊𝒌𝒐𝒐𝒌Onde histórias criam vida. Descubra agora