🪖 Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ Vɪɴᴛᴇ ᴇ Sᴇɪs 🪖

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⚠️Atenção! Este capítulo contém cenas de sexo explícito e os parágrafos não estarão pré marcados⚠️

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Seul - Coréia do Sul
[Verão de 1953]
• J E O N

O vento cortante que vinha do leste, chicoteava contra meu rosto molhado, junto a chuva fina, porém pesada, que caía sem cessar do céu escurecido e gris.

O dia mal começara e já chovia mais do que em um mês inteiro; os trovões vinham hora ou outra em um estrondo alto, cortando as nuvens pesadas com raios brancos e assustadores, camuflando os gemidos ofegantes, que partiam dos homens encharcados, espalhados por todo o campo lamacento.

Não passava das seis, e o sol mal raiara, o que dificultava um pouco a tarefa de não tropeçar em meio a lama gosmenta que grudava em minhas botas como ventosas. O uniforme colado ao corpo por conta do aguaceiro, incomodava também, assim como a visão turva do horizonte, enquanto corria pelo percurso sem fim, segurando um rifle pesado nas mãos. Sentia-o chacoalhar em meu abdômen, assim como também sentia as gotas de chuva engrossarem pouco a pouco, tornando tudo aquilo ainda mais cansativo.

- Vamos! Corram seus pedaços de merda! - Ouvimos novamente o grito do sargento, que mantinha-se ereto e com uma postura impecável, debaixo de um pergolado de concreto, onde não molhava nem sequer um fio de seus cabelos brancos.

O treinamento havia começado cedo. Como em quase todos os dias, fomos acordados aos berros, ordenados a nos trocar e colocados para completar um percurso irritantemente difícil, debaixo do que era para ter sido apenas uma garoa passageira. Não que isso fosse tão ruim quanto estar treinando para morrer de forma mais honrosa, mas também não era o futuro que eu havia sonhado em ter.

Agarrei o topo da mureta de concreto, que tinha pouco menos do que a minha altura, e então dei impulso com os pés, sentindo os dedos escorregarem um pouco, assim como a sola da bota, que quase me fez cair vergonhosamente no chão; sentei no topo e então pulei para o outro lado, caindo de pé sem muito impacto, por conta do solo que havia se tornado fofo. Já era a quinta vez que pulava o mesmo muro, e sabia que o próximo obstáculo seria o mais complicado, principalmente agora que a chuva havia piorado.

Corri por entre as estacas de madeira em ziguezague, sem demora, prostrando-me em frente a rede gigantesca de arame farpado, por onde eu teria de rastejar por baixo mais uma vez. A altura do chão aos arames, era cerca de quarenta e cinco centímetros, quase nada, o que fazia com que a tarefa fosse deveras claustrofóbica.

𝑳𝒐𝒖𝒅𝒆𝒓 𝑻𝒉𝒂𝒏 𝑩𝒐𝒎𝒃𝒔 / 𝑱𝒊𝒌𝒐𝒐𝒌Onde histórias criam vida. Descubra agora