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Maria Luiza.

Estava muito intrigada com o que o trovão estava querendo de mim, ele era bem indecifrável, porque uma hora sentia ele me julgando, outra ele me analisando e outra como se na cabeça dele eu nem existisse. Senti seu olhar assim que eu me levantei, ele percebeu que eu vi e desviou, se levantando e se afastando.

Olhei o bolo e faltava um pouco pra ficar pronto, a calda já estava feita e eu me sentei no balcão, esperando o tempo passar. Os meninos do nada apareceram correndo e eu olhei pra eles, Caio estava com uma cara de sono e Luiz parecia ter energia pra brincar a noite toda.

Malu: Tá na hora de tomar banho, né? É o tempo que o bolo fica pronto.- Falei vendo ele vim na minha direção, beijei sua cabeça e ele se agachou no meus braços.

Caio: Os tiros já pararam.- Falou com a voz cansada.- O que aconteceu lá, trovão?

Trovão: Polícia subindo o morro.- Respondeu olhando pra ele.

Luiz: E por que você não foi? Você tá muito preguiçoso.- Eu soltei uma risada, vendo Caio se sentar no sofá com eles.

Trovão: Não fui porque tô machucado, maluco.- Desci da bancada indo conferir o bolo.

Ficou pronto, eu ajeitei todo bonitinho e os meninos sentaram na mesa. Encarei o Trovão esperando por ele também mas ele permaneceu sentado, os dois partiram o primeiro pedaço juntos e dividiram, peguei um pedaço e entreguei pro Trovão, voltei pra mesa e comecei a comer com eles.

Após a gente comer, Luiz foi embora porque estava cansado e Caio também, não troquei mais uma palavra se quer com o Trovão, e no fim, essa era a minha última preocupação.

Quando deitei a noite com o Caio na cama, suspirei aliviada. Era nossa primeira noite de todas as outras juntos agora, inseparáveis.

Caio: Eu gosto do trovão, ele é meio estranho, as vezes assusta porque fica me encarando sem falar nada.- Falou, enquanto coçava os olhos.- Mas ele é legal.

Malu: As vezes acho que ele é doido da cabeça, mas não conta pra ele. Falei me ajeitando e o Caio soltou uma risada.

Beijei sua cabeça e fomos dormir, a noite foi tranquila e eu estava feliz tive uma ótima noite e era como se tudo fosse se resolver, mas ainda não era assim.

Caio: Você dormiu a noite toda comigo.- Acordei com ele me balançando.- Mãe, hoje nem é domingo!

Malu: Caraca garoto, vai dormir.- Falei com voz de sono e nem abri o olho.

Caio: Mãe.- Falou animado me balançando, Caio jogou todo peso de uma criança de 9 anos em cima de mim e eu resmunguei brava.

Mas achei engraçado, então tirei ele de cima de mim e abracei o corpo dele, voltando a dormir. Mas ele não ficou quieto, se levantou e saiu do quarto, eu agradeci aos céus por ter mais algumas horas de paz e sono, porque eu precisava descansar.

Primeira dama Onde histórias criam vida. Descubra agora